7. LEI DO PD – O NOSSO CAVALO DE TROIA

DA SÉRIE – QUE CIDADE VOCÊ ESPERA PARA O FUTURO

Cavalo de Tróia foi uma criativa narrativa dos helênicos exibindo a crueza da armadilha preparada para derrotar a fortificada Troia. Como não havia jeito de entrar na cidade pelos meios normais construíram um imenso cavalo, inseriram dentro dele alguns guerreiros e o mandaram como presente ao Rei. Foi o momento em que os audaciosos soldados saíram das entranhas do animal, assassinaram o rei e seus comandados, retomando o controle da cidade.

O mesmo estratagema foi usado aqui em Floripa, para destruir o seu futuro, a sua renda, os empregos, e consagrar o subdesenvolvimento.  Este processo durou 08 anos, foi de 2006 a 2014.

Em 2006 o Prefeito criou o Grupo Gestor do Plano Diretor, cujas vagas foram ocupadas, imediatamente, pelos chamados “representantes da comunidade” um nome vago, mas que recepcionava as forças socialistas, algumas alocadas na Câmara de Vereadores. As entidades comerciais, de serviços, produtoras locais, nunca se preocuparam com o lado ideológico da ocupação, afinal, desde a sua fundação sempre foram protagonistas das ações. Mas o Brasil e Floripa haviam mudado, forças exógenas tomaram a cidade de assalto sem que os nativos percebessem da sua nocividade.

Após o preenchimento das vagas, como todo socialista espera, foram criados os “sovietes” espécie de colegiado distrital para que a “classe trabalhadora” fosse manipulada e a produção final chegasse com o timbre da aprovação popular. Foi um desasastre.

O PD faz parte do planejamento urbano, sobretudo estabelecendo o “zoneamento, uso e ocupação” do solo. Não é como querem alguns “o planejamento propriamente dito”. O atual PD em vez de focar as métricas da ocupação, resolveu projetar “planejamento urbanístico” criando diretrizes, políticas públicas e outros caminhos próprios de um plano de Governo. Com isso estabeleceu-se uma grande confusão de entendimento onde há artigos para o bem e para o mal. Caso as forças do atraso não queiram a Ponta do Coral há inúmeros artigos para atende-las, o inverso também é verdadeiro. A última arremetida contra um grande projeto foi o Parque Aeronáutico de Ratones. Reunidos na Igreja local não foi difícil citar as proibições do Plano Diretor para tentar inviabilizar a sua construção. Uma lei com estas amplitudes estabelece a insegurança jurídica e inviabiliza os investimentos.

Uma de suas principais deficiências é sua prolixidade, com 343 artigos em área de tanto interesse da população não é recomendável; O PD foi construído sem a ausência de números, de estatísticas distritais, número da população, e na dúvida, proibiu-se tudo, no norte, sul, leste e oeste; não há a projeção do futuro sistema viário, teleféricos, terminais marítimos, túneis, entre outros; os espaços para os equipamentos públicos do futuro, praças nos distritos, escolas, hospitais, segurança, estações elétricas, saneamento, entre outros, nada foi projetado, não há espaços reservados para estas finalidades.

O que o PD atual faz é ampliar a proibição ao nosso direito de crescer, assassinar os empregos e a renda, e rebaixar nossa cidade ao subdesenvolvimento. Isto é insuportável, é preciso que os próximos gestores revisem está “jabuticaba” que não tem compromisso com os valorosos ideais dos emigrantes açorianos que aqui aportaram com a vontade de dar uma vida digna a seus filhos e evitar que perambulassem pelas ruas sem rumo, sem documentos e sem moradia.

DILVO VICENTE TIRLONI

PRESIDENTE DO MDV

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