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GOVERNO JM – INOVADOR OU CONSERVADOR

• Administração Pública Estadual
• 28 de setembro de 2023

Jorginho Mello foi eleito por expressivos 2.983.949 votos (70,69% dos votos válidos), apoiado por Bolsonaro e dentro da doutrina liberal. Passados 09 meses chegou a hora de fazer avaliações e indagar – JM é um liberal inovador ou liberal conservador, na gestão pública?

Konder Reis dizia que o governador eleito deveria subir os degraus do Palácio Cruz e Souza com seu terno de branco níveo, quando fosse tomar posse, e, 04 anos depois, desce-lo, igualmente, sem manchas. Era uma imagem que forçava o eleitor a pensar num governante honesto, trabalhador e eficiente. Naqueles tempos a ideologia ainda não havia contaminado o Brasil e o socialismo era duramente combatido,  (1964/1985) vindo a florescer pós 1981, com a abertura e inscrição de novos partidos políticos. Hoje temos pelo menos 10 partidos socialistas, marxistas, comunistas.

JM namorou com seu primeiro borrão político logo no primeiro dia de Governo quando indicou para a Secretaria da Saúde a competente Carmem Zanotto, líder da categoria das enfermeiras, deputada federal, membro da Frente Parlamentar da Saúde, já andou por Havard (USA), mas, pertencente ao partido Cidadania (Ex PPS e PCB), antes fora do PDT indicando tendências socialistas. Nas últimas eleições o Cidadania compôs uma federação com o PSDB apoiando no primeiro turno Simone Tebet e no segundo, Lula, indicando, claramente, “ausência de convicções liberais”.  O partido Cidadania que se dizia “humanista, ambientalista e marxista”, até 2019, abandonou as teses comunistas e o último Estatuto registrado no TSE afasta a doutrina socialista. Todavia, no imaginário dos liberais menos esclarecidos Zanotto é reconhecida como integrante de um partido socialista. JM poderia ter evitado este deslize.

Na gestão pública JM herdou uma estrutura “a las antigas” um mastodonte composto por  23 Secretarias, mais PGR e CGR, 28 unidades distribuídas entre Autarquias, Empresas e Fundações, e surpreendentemente, 03 portos Imbituba, São Francisco e Laguna. Há curiosidades orçamentárias como a Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina S.A. antiga COHAB,  com R$9,2 milhões, extinta há anos, e, reminiscências do século passado, como Imbituba Zona de Processamento, Cia Hidromineral de SC, todas operando com recursos públicos.

Um Governo moderno e liberal, operaria com no máximo 11 Secretarias mais a CGR e PGR e das 28 Empresas e Autarquias pelo menos 13 poderiam fazer parte de um Programa Catarinense de Desestatização (CONCESSÕES). São elas:

A DOUTRINA LIBERAL, ao contrário do que muitos pensam não é nem a favor nem contra o Estado provedor de serviços típicos da iniciativa privada. Quando nosso País era  desprovido de sistemas de mercado de capitais (Bolsas, Títulos de crédito, correntes internacionais de investidores) era oportuno o Estado construir infraestruturas que seriam impossíveis o investidor privado fazê-lo. Foi o caso de ITAIPU, das Centrais elétricas Estaduais, das Cias. de Abastecimento de Agua e Esgoto, entre outros grandes investimentos do passado. No momento o Estado precisa pensar na Educação básica de qualidade, na Saúde, na Segurança e na Infraestrutura de Transportes.

JM tem pelo 40 meses pela frente, ainda poderá se traduzir como um Governo Liberal Inovador, por ora, repete a velha fórmula de Governos passados – mais Estado e menos iniciativa privada.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

1. Carmem Zanotto foi substituída na Câmara Federal por Geovânia de Sá do PSDB
2. https://movimentoliberaldiasvelho.com.br/organizacao/governo-estadual/ Neste endereço você encontra a estrutura de um Governo eficiente.