VERTICALIDADE E PROSPERIDADE

Floripa, frequentemente enaltecida como uma das cidades mais belas do mundo, enfrenta um grave problema que Nelson Rodrigues denominava “complexo de vira-lata”: uma sensação de inferioridade cultivada por alguns setores, que reflete uma visão limitada e ultrapassada sobre o futuro da cidade.

Vamos aos fatos:

O edifício mais alto de Dubai, o Burj Khalifa, com seus 828 metros, é o arranha-céu mais alto do mundo desde sua conclusão em 2010. Ele simboliza a arquitetura moderna e atrai turistas de todo o mundo.

Em Xangai, a maior cidade da China, o edifício mais alto é a Shanghai Tower. Com 632 metros de altura, ocupa a segunda posição no ranking global, atrás apenas do Burj Khalifa. Concluído em 2015, a Shanghai Tower se destaca por sua arquitetura inovadora e design impressionante.

Em Balneário Camboriú, o “One Tower”, com 290 metros e 140 apartamentos, é o edifício residencial mais alto da América Latina, marcando a cidade no horizonte com sua imponente estrutura.

São José, na Região Metropolitana, avançou com a recente aprovação do Plano Diretor, que permite a construção de edifícios de até 25 andares. E Floripa?

Floripa opera sob um Plano Diretor (PD) que muitos consideram “socialista”, com o Estado impondo restrições rígidas. Embora qualquer contribuinte deseje ver sua cidade prosperar, o PD atual limita esse crescimento. É inconcebível que uma legislação tão restritiva exista em cidades que buscam a prosperidade de seus moradores. O Estado não cria riqueza; isso é feito pela iniciativa privada. No entanto, o PD de Floripa impede os empreendedores, inibindo a geração de renda, empregos e impostos.

A cidade ainda segue o modelo do início do século XX, inspirado pela Carta de Atenas de 1933, um marco da arquitetura moderna assinado por Le Corbusier. Esse documento defendia a segregação das cidades em áreas residenciais, comerciais e industriais para melhorar a eficiência e a qualidade de vida. Os discípulos de Corbusier aprofundaram os segmentos e criaram o que chamaram de micro zoneamento, uma divisão detalhada de áreas urbanas em zonas menores, cada uma com regras específicas de uso e ocupação do solo do qual o atual PD é um exemplo. O “socialismo urbanista” vai além, com a Tabela de Limites (Anexo F01) impondo restrições arbitrárias sobre o número de andares permitidos, variando de 2 a 12 andares, com exceções para hotéis e regiões do Continente.

Qual é a justificativa para essas limitações? Simplesmente, não há. Está na cabeça vazia de alguns burocratas, militantes do meio ambiente e no chamado ativismo judicial.

É imperativo que os candidatos a prefeito revisem essas questões urbanísticas, descartem o atual Plano Diretor e libertem a cidade das restrições que a impedem de prosperar.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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