MEIO AMBIENTE E BALNEABILIDADE

O meio ambiente refere-se ao espaço de interação entre seres vivos, incluindo tanto a natureza com seus espaços verdejantes quanto os ambientes alterados pelas atividades humanas. Esse equilíbrio pode ser facilmente afetado por práticas inconvenientes, como o lançamento de esgoto em rios, lagos, mares ou escoamento de lixo, vazamentos de petróleo ou contaminação dos lençóis freáticos por pesticidas e outros elementos tóxicos.

A Microrregião de Florianópolis, que abarca a Ilha de Santa Catarina, é um exemplo de ecossistema urbano vulnerável. Sua proximidade com o mar e a presença de rios, manguezais e lagoas tornam a região ainda mais suscetível à poluição.

A responsabilidade pela gestão ambiental recai principalmente sobre a CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), uma das maiores contribuidoras de poluição, além da falta de educação ambiental por parte da população. Essa combinação resulta em sérios problemas de balneabilidade e contaminação dos corpos d’água.

O Relatório de Balneabilidade mais recente do Instituto do Meio Ambiente (IMA) (13/11/2024) revelou que, em Florianópolis, 17 dos 87 pontos analisados ​​tiveram problemas de qualidade da água. Um apenas, já seria motivo de preocupação.  Em municípios vizinhos como Governador Celso Ramos, São José e Palhoça, também foram encontrados pontos de contaminação. Esses números são ainda mais alarmantes, pois a baixa temporada e a escassez de chuvas fortes minimizam a limpeza natural do ambiente, indicando que a situação real pode ser muito mais grave. As enxurradas “lavam” as encostas e margens poluídas levando tudo para o mar.

O prefeito de Florianópolis, Topázio, vem pressionando a CASAN para melhorar seus serviços, mas os avanços foram mínimos. Apesar de anúncios de bilhões em investimentos, a empresa aplica, em média, menos de 300 milhões anuais no Estado, enquanto a demanda da capital exige Investimentos de cerca de 3,5 bilhões para resolver o problema de saneamento.

A situação de Santa Catarina no ranking de cobertura de esgoto no Brasil é preocupante. O estado ocupa a 19ª posição, e as cidades de Florianópolis, Blumenau e Joinville aparecem entre as piores no ranking do saneamento básico do Instituto Trata Brasil, nas posições 60ª, 66ª e 78ª, respectivamente, entre as 100 maiores cidades do Brasil.

A responsabilidade pela poluição e pela baixa balneabilidade da região é, em grande parte, atribuída à falta de uma política de Investimentos que a Estatal não tem. Mas os recursos existem como se verificou nos Estados que optaram pela intensa concessão dos Serviços à iniciativa privada com apoio do BNDES – Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará, Alagoas, Espirito Santo, Rio de Janeiro, entre outros.

DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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