ENTRE IMPÉRIOS E TARIFAS: O NOVO PROJETO DOS USA.

Quando cursei História na universidade, aprendi sobre a Teoria dos Impérios – uma doutrina que afirma que, uma vez que um país atinge o status de império, jamais aceitará retroceder. Essa teoria entende o imperialismo como uma política de expansão e dominação, em que uma nação exerce poder sobre outras, algo que no século passado conhecíamos como neocolonialismo.
Ao longo da história, vários países se ergueram como impérios. O mais conhecido e duradouro foi o Império Romano, cuja influência atravessou séculos. No Oriente, destacaram-se os impérios Chinês e Japonês. Já no Ocidente moderno, tivemos o Império Britânico, e, após a Segunda Guerra Mundial, surgiu o chamado Império Americano. A Rússia, desde os anos 1300, opera como uma potência imperial, especialmente pelo desejo de controlar os povos eslavos.
Mas o que isso tem a ver com o Trumpismo? Tudo.
Depois da Segunda Guerra, surgiu o multilateralismo, doutrina que defende acordos e cooperação entre as nações. Foi nesse contexto que surgiram instituições como ONU, OMC, FMI, Banco Mundial, OIT e OCDE, que passaram a reger as relações internacionais com base em consensos. No entanto, embora o mundo inteiro tenha se beneficiado do acesso ao mercado americano (que representa 25% do comércio mundial), os EUA enfrentaram pesadas tarifas protecionistas ao tentar exportar seus produtos. Há países que pela taxação, simplesmente, baniram os produtos americanos.
Esse desequilíbrio beneficiou a China e o Oriente, fortalecendo essas economias às custas da indústria americana. O resultado? O império americano começou a enfraquecer. É nesse ponto que o Trumpismo entra em cena, com tarifas e políticas duras para frear essa sangria.
A nova estratégia dos EUA prioriza dois conceitos: “nearshoring” e “friendshoring” – ou seja, produzir em lugares próximos e com aliados confiáveis. Chega de depender exclusivamente da China ou de Hong Kong. Uma decisão estratégica de Pequim pode derrubar a economia americana.
Melhor passar por dificuldades com controle do que ser surpreendido sem preparo. O Trumpismo representa a reafirmação do projeto imperial americano. E, convenhamos, é mais inteligente estar ao lado dos EUA do que criticar por pura ideologia, como faz o atual presidente do Brasil. O Brasil, ESTA PRÓXIMO DOS DOIS CONCEITOS CITADOS, TEM TUDO PARA TIRAR VANTAGEM DISSO, TEMOS CAPACIDADE OPERACIONAL, 215 MILHÕES DE PESSOAS, ENERGIA RENOVÁVEL E BARATA ALÉM DE UM AGRONEGÓCIO IMPAR. O problema é o nosso campo socialista que acha que política boa e a “Sul-Sul” uma invencionice dos chineses para dominar o mundo.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE