ALESC CUPINS DOS RECURSOS PÚBLICO
Como muitos sabem os cupins são insetos vorazes. Eles comem quietos por anos. Quando se revelam, pode ser tarde demais. Os cupins são capazes de arruinar coberturas inteiras e no caso do dinheiro público abalar os serviços de saúde, segurança, educação e a infraestrutura das cidades.
A ALESC é um poder “soberano” por lá ninguém tasca, ninguém remove os escandalosos orçamentos que são feitos, confeccionados à luz do dia, mediante farta legislação que lhe empresta bagagem legal, mas os valores são totalmente imorais.
Em um País de vertente austera todos os seus responsáveis seriam “advertidos” a bem do serviço público. Seria impensável num País escandinavo ou mesmo em países desenvolvidos a prática sistemática de atacar os cofres públicos de forma tão vergonhosa como se faz na ALESC. (Na Suíça um deputado federal ganha o equivalente a 50 mil francos, R$210.000 e um deputado estadual, em média, 30 mil, R$120.600,00 sem nenhuma mordomia)
Revolta a qualquer um ver os argumentos miseráveis que são apresentados “Constituição Estadual – Arts. 39 e 40 e Resolução nº 047, de 04 de dezembro de 1989 e alterações” para “botar a mão no baleiro”.
Para começar o nosso discurso vale registrar o valor global do butim: R$670.228.433,00. Há uma curiosa Gestão de Gabinete no valor de 478.533,00 quase meio milhão de reais, cuja verba fica à disposição do parlamentar para as despesas do “seu mandato”. Os deputados estaduais catarinenses têm direito ao subsídio mensal bruto de R$ 25.322,25, ou seja, valor equivalente a 75% do subsídio de deputado federal, valor que não está incluído na “verba de gabinete”.
Há curiosidades abusivas como por exemplo realizar a divulgação institucional e ações do Legislativo um custo astronômico de R$63.605.600,00. Nestes valores estão compreendidas as despesas com a TVAL. Sim a ALESC tem um canal de TV que ninguém vê, só interessa a meia dúzia de apaniguados que usufruem das regalias de ser um “comunicador” do além.
Há mais coisas interessantes – você sabia que a ALESC tem uma escola? Está lá no orçamento que a Modernização do Processo Legislativo depende da manutenção da escola, mais R$ 2.315.000,00 pouco mais de 192 mil por mês. Daria para manter 10 creches.
Uma despesa que chama a atenção do consulente é a rubrica “Aquisição, recuperação e ampliação de imóveis do Poder Legislativo, com R$32.751.252,00. É um valor surpreendente. O CUB de uma habitação popular é de R$1.264,78, daria para fazer 25.894m2 o que equivale a 517 casas de 50m2.
Finalmente para não cansar o leitor a cereja do bolo. A ALESC se preocupa com o meio ambiente e para tanto vai investir uma grana federal na Gestão e Desenvolvimento Sustentável, mais R$14.700.000,00.
Pobre povo catarinense que se depara com estas iniquidades, impotente diante de tantos desmandos. Nosso político não tem coração, não pulsa dentro deles o espírito da fraternidade, da doação; a população espera que resolvam os problemas locais e sobretudo, chegou a hora de os custos da ALESC serem redimensionados, que apertem o cinto como fizeram todas as famílias nestes últimos anos. É intolerável que políticos que se dizem representantes do povo esbanjem dinheiro de uma forma tão irresponsável enquanto milhares de crianças perambulam por nossas ruas.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE DO MDV