1. TALENTO, RESPONSABILIDADE E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

DA SÉRIE – QUE CIDADE VOCE ESPERA PARA O FUTURO

A cidade atingiu o seu limite urbano, de ora em diante, caso não se projete o seu futuro com ideias inovadoras, corremos o risco de “inchar o seu espaço físico” com mais edificações sem emprestar qualidade de vida e, sobretudo, entupindo nossas ruas com mais veículos e milhares de pessoas acotovelando-se nos espaços disponíveis.

Urge que nosso futuro gestor, a ser eleito em novembro, se apresente com talento, responsabilidade sobre o futuro, exibindo projetos inovadores que permitam dar um salto – “pular para a outra margem do imaginário rio urbanístico” oferecendo à cidade sustentabilidade ambiental, empregos e mobilidade.

Vale observar que a cidade deu saltos enormes entre a década de 70 até nossos dias, mas este modelo esgotou-se, viramos reféns de um único modal de transporte, o rodoviário, nossos passivos ambientais são enormes, há favelas por todos os lados, e uma legislação arcaica que teima hostilizar os investidores provocando desemprego e “puxadinhos” por nossos distritos.

Como tudo o que envolve a gestão pública não poderá esquecer da Administração Orçamentária, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico, ao lado das demandas sociais representadas pela Educação, Saúde e Segurança.

Neste texto vamos focar a Gestão orçamentária. Muitos sabem, mas a população de uma forma geral desconhece os emaranhados caminhos da Gestão financeira da cidade. O Orçamento Público é composto de duas correntes distintas – de um lado o ingresso das Receitas e de outro as despesas. Estas por sua vez são, igualmente, separadas em duas partes, cujo o futuro da cidade, depende desta boa separação – despesas correntes e despesas de investimento (capital). Quanto mais se gastar em Investimento, tanto melhor. Atualmente, das Receitas Totais, gastamos apenas 7,5% em despesas de capital, novas ruas, novas praças, jardins, novas escolas, novas UPAS. Para o leitor ter uma ideia, cidades ricas, países desenvolvidos, gastam até 33% de suas receitas em investimentos.

Outro registro importante é que o Executivo não funciona sem o Legislativo e neste caso, há que se reservar receitas para o bom desempenho de nossa Câmara de Vereadores.  

Atualmente, os nobres edis, 23 ao todo, consomem a estratosférica soma de 69 milhões por ano, o que em tese confere a cada vereador a fantástica soma de 3 milhões, 250 mil por mês ou seja 8.333,33 por dia.

Estas questões, o Orçamento do Executivo e o Orçamento do Legislativo devem ser assunto de pauta do futuro candidato. A cidade precisa debater de forma inteligente, como se dá a apropriação das receitas pelos diferentes serviços da cidade. Surpreende o analista ver a forma despudorada como são efetuados os gastos, alguns absolutamente, inúteis configurando um “roubo da população”. Isto é insuportável, devemos por um fim nisso.

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