NOVO PREFEITO PROJETOS E SOLUÇÕES

A pandemia não só atrapalhou a economia, as escolas, os relacionamentos, afundou também o processo eleitoral. Há 90 dias das eleições ninguém comenta o nosso futuro, não sabemos quem são os candidatos, quer a vereadores quer o/a comandante da gestão, período 2021/2024.

Nos bastidores afloram aqui, acolá, grupos interessados em debater o futuro da cidade, mas dada a dimensão que o tema envolve, proporcionalmente, são poucos.

Frente a tudo o que aconteceu em 2020 com a peste chinesa destruindo a economia informal, milhares de empregos, paralizações ou reduções de vários segmentos do comércio, dos serviços em geral, o debate deveria se impor nesta véspera cívica eleitoral.

Como sair da crise?

Tenho presenciado alguns debates pelas Redes Sociais mas salvo uma ou outra sugestão não é o suficiente para as árduas tarefas da reconstrução local, regional e mesmo nacional. (De todos os que presenciei o mais promissor é o FLORIPA CONECTA, um projeto criativo para movimentar o “underground” dos negócios, a economia adormecida, subterrânea, que ninguém vê)

No que diz respeito a Floripa guardo convicção que o futuro Prefeito deveria observar alguns eixos de trabalho: a primeira decisão importante seria “arrumar a casa”. Gean tem feito um trabalho excelente ao congelar os penduricalhos da folha – triênios, quinquênios, licenças prêmios – permitiu que lhes sobrasse em torno de 7% das Receitas para Investimento. Nesta semana (14/08) conseguiu junto da Câmara aprovar a Reforma da Previdência cuja alíquota passou de 11 para 14%. Foi um avanço extraordinário vai acabar com um déficit que já preocupava.

Mas esta área “Administração Pública” precisa avançar. O percentual para investimentos precisa subir de 7% para pelo menos 25% nos próximos 04 anos. Como fazer isso sem aumentar os impostos? Praticando o “downsizing” que é a redução de custos diversos, mas sobretudo, da Estrutura Orgânica.

Uma Prefeitura como Floripa não precisa mais do que 12 Secretarias, nem tampouco as centenas de “aspones” muitos, absolutamente, dispensáveis.

O segundo eixo está atrelado aos Empregos – ninguém vai viver o tempo todo vinculado o “Auxilio Emergencial”. Neste quesito o futuro prefeito precisa de criatividade e determinação. Floripa é um campo aberto para Investimentos. Precisa primeiro remover os entulhos autoritários que impedem o seu crescimento, ou seja, revogar o atual PD, e no seu lugar inserir o Código Florestal como protetor do meio ambiente. Estabelecer os novos regramentos do uso, ocupação e afastamentos das construções, iguais em todos os 12 distritos – 10 andares, limitados a 15 pavimentos. Quem desejar construir a mais pagará uma taxa à Prefeitura. Esta taxa formará um fundo municipal para remover os chamados aglomerados subnormais (favelas)

A mobilidade urbana, o terceiro eixo, será resolvida pela inserção do Transporte Marítimo num projeto Regional, cujo terminal central ficaria localizado no Aterro da Baia Sul, com aterro hidráulico para 1 milhão de metros quadrados. Nestes espaços cabe muita coisa, inclusive a futura sede da PMF e a própria Câmara de Vereadores, vários empreendimentos comerciais e públicos, projeto a ser negociado, em PPI, com a iniciativa privada.

Uma boa gestão não será exitosa se não trouxer solução para o desastroso quadro dos passivos ambientais, um quadro alarmante, 59º entre as 100 cidades maiores do Brasil. A solução passa pelo debate do esgotamento sanitário e lixo urbano. É imperioso que estes serviços sejam licenciados à iniciativa privada, executados dentro de um Contrato de Programa com clareza das responsabilidades de cada agente envolvido.

Soluções existem, é preciso antes de mais nada, convicções, nem sempre presentes nos nossos candidatos.

DILVO VICENTE TIRLONI

PRESIDENTE DO MDV

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