TURISMO DIVERTIMENTO E OPORTUNIDADES

Deus foi generoso com Floripa, inseriu montanhas extraordinárias, mangues maravilhosos, agora visitados pelos guarás vermelhos, lagoas cristalinas, rios em profusão, uma natureza exuberante.

Infelizmente, não estamos sabendo como proteger este patrimônio, relaxamos, toleramos demais as mazelas que são acometidas contra nossos rios e lagoas. Tudo anda degradado, segundo o IMA/SC são mais da metade das praias com problemas de poluição, os rios não escapam destas iniquidades. Já o Instituto Trata Brasil que relaciona o grau de poluição das 100 maiores cidades brasileiras, exibe de forma cruel nosso caminhar firme, gradual e seguro rumo ao abismo da contaminação – em 2020 Floripa ocupava o 59º lugar e em 2021, 69º, um evidente retrocesso rejeitado pela Diretoria da CASAN. Mas, contra fatos não cabem argumentos vazios, cabem ações.

A primeira delas é examinar o “modelo CASAN” adotado desde a década 70 do século passado. Funcionou no seu começo, mas com o crescimento das demandas por toda SC, o modelo se exauriu e pode-se debitar à CASAN as arbitrariedades ambientais de nossa cidade. É claro que a PMF e Câmara de Vereadores entram na equação como Poder Concedente.

Nem os moradores e muito menos os turistas gostam de cidades poluídas. Imaginem como pensa um turista que lhe informam que a praia do seu interesse anda poluída. É uma enorme decepção, imediatamente, encaminhada por WhatsApp aos seus familiares e amigos distantes.

As agressões ao meio ambiente, hoje, é o nosso principal “calcanhar de Aquiles”, é ultrajante para os moradores ter que conviver com algo tão nocivo às belezas naturais e à saúde da população.

Vale ressaltar que nossos problemas de saúde (o turista dá muita importância a este segmento) e Segurança foram resolvidos e esta é uma proeza extraordinária. Poucas cidades no Brasil apresentam um quadro tão bom quanto o nosso. O que estraga, repetimos, são os nossos passivos ambientais.

Outra boa novidade vem da área de infraestrutura, nosso sistema de transportes é excelente quer nas rodovias como nos serviços, embora, nos omitimos no transporte marítimo, outra chaga de nossa administração municipal. Avenidas marítimas prontas para receber os ferryboats e a gestão municipal “dormindo em sono esplêndido”

Na área da gastronomia estamos voando. Nossos chefes de cozinha são dos melhores do Brasil. Contamos com bons restaurantes, boas acomodações, pousadas, hotéis de vários níveis, atendemos a classe média e, igualmente, os endinheirados. Há sempre oportunidade para melhorar, mas não podemos reclamar, os serviços, estão ótimos.

O que a cidade precisa avançar é nos serviços do entretenimento, do lazer. Usamos pouco a nossa criatividade para oferecer ao forasteiro o que temos de melhor, mas inexplorado. Por exemplo, reinauguramos a PHL, mas não nos preocupamos com pelo menos bons quiosques nas redondezas e até restaurantes além dos serviços de saltar ou pular(jumping)

O líder comunitário, geógrafo José Luiz Sarda em recente artigo nominou outras oportunidades para ativar o turismo, citando 03 rotas turísticas que as denominou de “Rota das Baleias”, “Rota das Ostras” e “Rota dos Mexilhões”, cada qual com suas peculiaridades e divertimento.

Presumo que o Fortur (Fórum de Turismo da Grande Florianópolis) interessado no crescimento turístico da cidade poderia aproveitar estas iniciativas, debate-las, aperfeiçoá-las e finalmente, fazer parte do calendário e dos folders da cidade.

Turismo também se faz com criatividade.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE DO MLDV

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