A FARSA DEMOCRÁTICA DO CUn – ENTRE BRAÇOS ERGUIDOS E MICROFONES DESLIGADOS

No dia 06 de junho de 2025, assistimos, estarrecidos, à encenação de um espetáculo autoritário disfarçado de reunião universitária. O que deveria ser um espaço plural de debate – o Conselho Universitário (CUn) da UFSC – revelou-se, na prática, um conclave de pensamento único, onde o campo liberal foi sumariamente excluído, calado e humilhado.

A sessão tinha como pauta a impugnação do Relatório Final da Comissão da Memória e Verdade, que busca reescrever a história da Universidade a partir de uma ótica militante, ideológica, agressiva e parcial, culminando na proposta de retirada do nome do Reitor João David Ferreira Lima do campus universitário.

Já no início, o cenário era revelador, uma faixa, colocada sob a mesa diretiva, clamava — como um juízo prévio — “ONDE ESTÃO OS MORTOS E DESAPARECIDOS?”. A mensagem era clara, a sentença estava dada antes mesmo do julgamento.

A única voz divergente, a brilhante advogada Heloísa Blasi, foi reduzida a míseros 5 minutos de fala, frente aos mais de 50 minutos concedidos aos militantes travestidos de conselheiros. Uma desproporcionalidade gritante e emblemática do que foi a reunião, um palco armado para o linchamento simbólico da história e para a propagação de uma verdade única — a deles.

Os discursos que se seguiram ignoraram qualquer rigor jurídico ou historiográfico. Eram panfletos ideológicos que, em tom de cruzada, buscavam responsabilizar Ferreira Lima por tudo, desde entregas de professores até mortes não comprovadas em Santa Catarina. Um dos conselheiros chegou a vociferar contra a Polícia Militar e afirmar que a UFSC não se curvaria ao “comércio e serviços” em alusão ao Manifesto do Floripa Sustentável.

Aprovado o relatório, alguns ainda fingiram moderação dizendo que a mudança de nome “ainda não é o momento”. Mas todos sabiam, o golpe estava dado. Aplaudiram-se entre si, como velhos camaradas numa assembleia soviética.

Fica aqui a advertência, a História não será reescrita por ideologia vermelha. A verdade não será apagada por unanimidades fabricadas. A liberdade de pensamento segue resistindo – mesmo sob o peso de discursos travestidos de justiça histórica.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI

EX ALUNO DE HISTORIA DA UFSC

PRESIDENTE DO MOVIMENTO LIBERAL DIAS VELHO

Momentos Inesquecíveis da reunião do CUn:

Louvação Geral: A sessão parecia um ritual informal — sem chamada, sem cédulas, sem regras. Bastava levantar o braço. Tudo aprovado “por aclamação”.
Jumentinho Assanhado: Um conselheiro mais velho decidiu roubar a cena, dançou no plenário um rebolado constrangedor. Conseguiu manchar a compostura… e a própria biografia.
Patriotada Improvisada: Diante de vaias, um conselheiro nervoso trocou argumentos por gritos: “Anistia Não!”. Tentou colar 08/01 em 1964 — e falhou.
Pacotão Radical: Uma jovem, entre raiva e ideologia, uniu 1964, militares e a Polícia Militar numa crítica só — chamando a PM de “braço armado do capitalismo selvagem”.

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