ASSASSINATO INSTITUCIONAL A TENTATIVA DE SUMIR COM FERREIRA LIMA DA UFSC

QUEM SÃO OS AUTORES DO ASSASSINATO DE REPUTAÇÃO

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é uma gigante do setor público, são cinco campi, cerca de 40 mil alunos, quase 6 mil servidores e um orçamento que ultrapassa R$ 1,9 bilhão em 2025. É um universo administrativo gigantesco que opera sob um sistema deliberativo coletivo, desenhado para pulverizar responsabilidades e diluir culpados. Nesse ambiente, decisões que afetam diretamente a identidade da instituição são tomadas por conselhos sem rosto, sem transparência e sem apreço pela história.

Recentemente, o Conselho Universitário da UFSC — apelidado por eles mesmos de CUn, abreviação infeliz e vulgar — deu início a um processo de “revisionismo nominal”, propondo a mudança do nome do campus Ferreira Lima, apagando da memória institucional um personagem fundamental da formação da UFSC. A sigla CUn, além de risível, escancara o descompromisso com o cuidado simbólico da universidade. Sugere-se, aliás, o uso de alternativas mais dignas, ConsUni ou CONSUFSC.

O CUn é formado por 52 titulares e 35 suplentes, dos quais muitos sequer viveram a época ou conhecem a biografia de Ferreira Lima. A maioria se ampara não no mérito dos homenageados, mas em critérios ideológicos próprios de uma doutrina que não hesita em reescrever a história — quando não, assassiná-la. Não divulgam biografias, não prestam contas, mas se julgam aptos a julgar os feitos de quem veio antes.

A estrutura deliberativa da UFSC é altamente “assembleísta”, com câmaras e conselhos intermediando cada passo administrativo. Trata-se de um modelo sui generis, que lembra mais o funcionamento de um partido único socialista do que uma gestão moderna, transparente e meritocrática. Não há nomes, apenas decisões coletivas. Não há responsáveis, apenas votos. E é nesse anonimato operacional que prospera o assassinato de reputações.

Ferreira Lima não está sendo apenas esquecido. Está sendo eliminado da memória institucional por um grupo que, se não for contido pela sociedade acadêmica, pelos parlamentares e pela sociedade civil organizada, irá apagar da história todos os que não se curvarem à sua ideologia.

Concluo este alerta com um apelo firme, direto e inegociável, rejeitem o projeto de mudança do nome do Campus Ferreira Lima. A comunidade universitária, ex-alunos, professores, lideranças civis e políticas de Santa Catarina precisam se levantar agora. É hora de dizer basta à manipulação da memória institucional. Se calarmos agora, abrimos as portas para que outros nomes sejam apagados. Se aceitarmos passivamente, deixaremos um legado de omissão e covardia.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

Informação Relevante

  1. Comissão Nacional da Verdade (CNV), foi criada pela Lei nº 12.528/2011, investigou violações de direitos humanos entre 1946 e 1988, incluindo a ditadura militar. Só há vítimas de um lado.
  2. Comissões Estaduais e Municipais – Diversos estados e municípios também criaram suas próprias comissões da verdade, muitas vezes focadas em casos específicos de violações. 
  3. Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania concedeu, em 22/05/2025, anistia política a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Ex VAR-Palmares, no valor de R$100.000,00. E acrescentou um pedido de desculpas.
  4. Segundo o portal “O Globo” o custo da reparação, indenizações aprovadas na Comissão de Anistia chegam a R$ 3,4 bilhões. 
  5. Como Ex acadêmico de História aprendi que a História é contada pelos vencedores. Entretanto, este período da História esta longe de ser encerrado. Tom Jobim dizia que no Brasil até o passado é incerto.

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