BONECO E ANÕES

O Ministério da Defesa do Brasil é uma instituição responsável por coordenar as atividades das Forças Armadas, que são compostas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica. Cada uma dessas forças tem uma missão específica, voltada para garantir a soberania, a ordem e a segurança nacional. O Ministério da Defesa é a autoridade central que articula e organiza o trabalho desses três braços militares, coordenando suas ações em prol da proteção do Brasil. O Orçamento de 2024 reúne 126,4 bilhões em despesas correntes e de Investimentos.

Atualmente, o Ministro da Defesa, o “CEO” de nossas FFA, é José Múcio, um engenheiro de 77 anos, natural de Recife (PE). Sua carreira política inclui passagens por cargos locais, deputado federal e, mais recentemente, Tribunal de Contas da União (TCU). Contudo, a nomeação de Zé Múcio para o Ministério da Defesa gerou controvérsias, pois ele não possui formação acadêmica ou experiência específica na área de defesa ou militarização, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade para desempenhar essa função estratégica. Não se tem notícia de que o Ministro tenha escrito livros sobre Defesa Nacional ou participado de cursos específicos para o setor militar.

O ministro, oriundo de Pernambuco, Estado conhecido pela criação dos “Bonecos de Olinda”, que fazem sucesso durante o Carnaval, tem sido alvo de críticas por sua postura política e por sua falta de detalhamento com os desafios que envolvem a segurança e soberania do Brasil, no momento. Seu estilo de liderança é comparado a um boneco carnavalesco um “Mução desnorteado”, que aparenta ter pouca substância nas convicções relacionadas à defesa da tropa e por consequência do território nacional e à proteção dos interesses estratégicos do país. Isso coloca em risco a indissolubilidade da Federação e levanta questões sobre o comprometimento do governo com a integridade do Brasil.

Acaba de ser publicado o Relatório da PF realizado sobre o 08/01/2022 e junto com ele, várias prisões de generais e coronéis do Exército além de ataques diretos à marinha do Brasil. Os chefes militares a partir do Ministro da Defesa, estão silentes, parecem concordar com as ações impostas pelo Ministro Moraes. Não se ouviu um pio sobre a consistências das notícias divulgadas.

Sucede que no mundo das realidades as engrenagens não funcionam como o requerido por Moraes. Há no Brasil a Justiça Militar (orçamento de 2024 – R$758.713.265,00) composta de membros militares e civis, construída e paga com recursos orçamentários para, justamente, avaliar e julgar ações no âmbito militar. É inconcebível que as chefias militares não tenham se pronunciado sobre o assunto. Bastaria apenas que encaminhassem um ofício ao STF exigindo que os processos dos militares citados fossem encaminhados ao STJM.

Há outra peculiaridade sobre a matéria – Polícia Federal investigando militares das FFA? É outra arbitrariedade constitucional que os chefes militares também permanecem surdos e mudos.

Para concluir, o cenário atual do Ministério da Defesa do Brasil, sob a liderança de Zé Múcio, revela um quadro preocupante de falta de preparação e direção estratégica para lidar com os desafios que envolvem a segurança e a soberania do país.

ADM DILVO VICENTE TIRLONI

MINISTÉRIO DA DEFESA

MINISTÉRIO DA DEFESAEm Reais – R$
ADMINISTRAÇÃO DIRETA 2.116.589.914 
1. COMANDO DA AERONÁUTICA27.420.520.051
2. COMANDO DO EXÉRCITO53.757.659.159
3. COMANDO DA MARINHA32.142.913.294
4. COMISSÃO INTERMINISTERIAL PARA RECURSOS DO MAR42.720.755
5. CAIXA DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO AERONÁUTICA15.947.092
6. INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL – IMBEL339.446.631
7. FUNDAÇÃO OSÓRIO29.467.424
8. CAIXA DE CONSTR CASAS DA MARINHA – CCCPM76.092.798
9. AMAZÔNIA AZUL TEC DE DEFESA S.A. – AMAZUL434.134.238
10. FUNDO DO MINISTÉRIO DA DEFESA5.483.080
11. FUNDO DE ADMINISTRAÇÃO DO HOSPITAL DAS FFA270.907.065
12. FUNDO DO SERVIÇO MILITAR20.364.277
13. FUNDO AERONÁUTICO 4.383.538.199
14. FUNDO DO EXÉRCITO2.625.974.014
15. FUNDO NAVAL2.521.507.685
16. FUNDO DE DESENV ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO264.843.836
TOTAL126.468.109.512

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