BUROCRACIAS CHUPINS
O conceito de “Estado Profundo” no Brasil refere-se a uma rede de agentes infiltrados nas instituições governamentais — no Judiciário, Executivo e Legislativo — cujos membros, em muitos casos, desconhecem que estão a serviço de um “Estado Profundo”, controlado por indivíduos corruptos que utilizam o poder em benefício próprio. Esses agentes fingem atender às necessidades da população, mas, na realidade, impõem encargos financeiros pesados, todos dentro da legalidade. Contudo, essa legalidade é apenas uma fachada. Uma montanha de recursos arrecadados é desviada para interesses privados, enquanto o povo é enganado. Os programas sociais, como as cestas básicas, são utilizados para criar a ilusão de que o Estado está apoiando os mais necessitados, quando, na verdade, é uma manipulação descarada.
O Estado brasileiro — incluindo União, Estados e Municípios — cobra 37% do PIB, cerca de 4 trilhões de reais, mas devolve quase nada à população. Esses recursos são usados para alimentar a rede de apadrinhados e suas estruturas corruptas, que se perpetuam a cada eleição. Há uma casta de servidores públicos, que recebem vencimentos exorbitantes, se utilizam de “penduricalhos” para dobrar ou até triplicar seus rendimentos em contraste com a iniciativa privada.
Para ilustrar essas distorções, basta observar o Organograma Federal: são 39 ministérios e, sob sua alçada, existem inúmeras autarquias, como Fundações, Institutos e Empresas Públicas. Esses organismos, muitas vezes, operam os chamados “Estados paralelos”. Um exemplo claro disso é o IBAMA, uma autarquia que atualmente se empenha em bloquear os esforços da Petrobras para a exploração de petróleo a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas.
O “Estado Profundo” também se reflete em uma atuação dissimulada no Ministério Público e no Judiciário, que muitas vezes se tornam aliados de grupos ativistas, dificultando a implementação de projetos que atendem ao interesse público. É onde encontramos os maiores “salários” cujos valores surpreenderiam príncipes árabes.
Em Floripa, por exemplo, o “Estado Profundo” é altamente ativo, interferindo no Executivo e no Legislativo sem ter sequer um voto popular. Na década de 1990, tentaram barrar vários projetos que, posteriormente, provaram-se fundamentais para o desenvolvimento da cidade. Entre eles, o projeto Jurerê Internacional, que até hoje enfrenta disputas jurídicas. A Ponte da Lagoa foi alvo deste ativismo judicial. Durante 2024, interromperam a limpeza dos canais de drenagem do Sul da Ilha e do Rio Vermelho, alegando ausência de licenciamento ambiental e suspeitas de poluição causadas pela construção de galerias pluviais. No momento a vítima da vez é a Marina da Beira Mar.
É urgente que esses procedimentos sejam extirpados. Devemos colocar este ativismo, ora judicial, ora institucional, em seus devido lugares e garantir que os eleitos tomem as decisões dentro dos parâmetros estabelecidos pela lei, sem interferências indevidas.
ADM DILVO VICENTE TIRLONI