CASAN SAUDE COMPROMETIDA
A CASAN é uma gigante Estatal, atende 194 municípios, foi contratada pelo município de Floripa para executar o PMSB (3,5 bilhões), que não cumpriu, agrava nosso meio ambiente de forma afrontosa, fatura 1,3 bilhão, distribuídos segundo o quadro abaixo:
Região | Água 2021 | Esgoto/2021 | TOTAL | % |
RM (Floripa&Cia.) | 409.952 | 174.967 | 584.919 | 43,57 |
Sul Serra | 201.474 | 35.643 | 237.117 | 17,67 |
Oeste | 236.765 | 34.343 | 271.108 | 20,19 |
Norte Vale | 236.352 | 12.842 | 249.194 | 18,57 |
Total | 1.084.543 | 257.795 | 1.342.338 | 100,00 |
Conforme se depreende, a RM da Grande Florianópolis, leva a CASAN nas costas e o que é grave, apenas 02 municípios, Floripa e São José, representam 89% das receitas:
RM | Esgoto/2021 | Água/2021 | Total | % |
Floripa | 133.851 | 241.182 | 375.033 | 64,12 |
São Jose | 39.341 | 105.265 | 144.606 | 24,72 |
Outros | 1.775 | 63.505 | 65.280 | 11,16 |
Total | 174.967 | 409.952 | 584.919 | 100,00 |
Esta indesejável correia de exportação de recursos para outras regiões se deve a suposta continuidade do modelo PLANASA implantado na década de 1970, onde os municípios maiores contribuíam para os municípios menores. Joinville, Lages, Itapema e mais 30 concessionados quando perceberam esta anomalia, romperam o contrato.
Muitas pessoas acreditam que este modelo está correto, são suscetíveis à percepção solidária da ajuda do “maior para o menor” espécie de acordo tácito através do qual pessoas se sentem obrigadas umas em relação as outras e/ou cada uma (individualmente) em relação as demais. Este sentimento de solidariedade com as dificuldades de outras pessoas não se aplica nestes casos. Aqui é pura gestão pública. Não se pode usar tarifas de uma cidade para aplicar em outra. Há remédios mais poderosos para isso, como utilizar o orçamento público.
Há outro inconveniente contra a RM, o endividamento da CASAN, da ordem de 1,9 bilhão, gerando 100 milhões de encargos financeiros anuais, são dívidas, em sua grande maioria de curto prazo entre 3 e 4 anos, dinheiro que não foi aplicado aqui, mas que a RM vai ter que pagar pelo menos 43,57%, posto a geração de receitas originadas no município.
Estima-se que entre rendas próprias geradas e o pagamento de amortizações e encargos, nos últimos 06 anos contra nossa cidade, são de quase 2 bilhões de reais. Dinheiro que foi arrancado de nossas tarifas e transferidos para outras regiões do Estado.
Raimundo Colombo foi presidente da CASAN em 1995 e posteriormente, prefeito de Lages em 2001 até 2004 e reeleito Prefeito de Lages (2005 até 2006). Uma de suas primeiras ações frente ao executivo foi cancelar o contrato que o município tinha com a CASAN.
Luiz Henrique da Silveira quando assumiu a Prefeitura de Joinville (1997/2000 RELEIÇÃO 2001/2002) resolveu romper o contrato de concessão com a CASAN e criar a nova Cia. Aguas de Joinville. Antes criara a AMAE que viria a ser sua Agência Reguladora. O Município reassumiu os serviços em 2 de agosto de 2005 já durante o Governo Tebaldi, mas em combinação com LHS, já governador.
Curiosamente, ambos, foram Governadores do Estado e nunca lhes passou pela cabeça defender o retorno da CASAN para suas cidades, mas obrigaram Floripa a manter um contrato absurdo em que a cidade é “pilhada” pela Estatal causando vultosos prejuízos financeiros que respingam no Meio Ambiente. Os recursos que faltam aqui, são aplicados em outras regiões do Estado. Pela ausência destes recursos “desviados”, nossos passivos ambientais são enormes comprometendo a vida animal com a morte de milhares de animais e, sobretudo, a saúde humana com internações de crianças e adultos. Estas maldades têm que terminar.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE