JM – 12 MESES DEPOIS
O tempo corre o tempo voa, já se passaram 12 meses do Governo Jorginho Melo (JM), chegou a hora de um primeiro exame de sua gestão.
JM é um político experiente, é do ramo, já foi deputado estadual e senador. Nesta condição, foi amplamente reconhecido pelos catarinenses quando na CPI da COVID, resolveu “peitar” o poderoso senador Renan Calheiros – pareciam, fisicamente, os personagens bíblicos – David contra Golias. Munido das experiências do passado enfrentou o gigante nordestino com destemor e valentia. Ganhou o respeito de todos, muito, especialmente, dos catarinenses que lhe deram 70,69% (2.9183.949) dos votos no segundo turno.
JM assumiu o Governo com base em orçamento preparado pelo antigo Governo (a LOA é aprovada sempre no ano anterior) no valor de R$44 bilhões distribuídos entre Despesas correntes, Despesas de Capital e Reservas de Contingências cabendo ao Poder Judiciário o valor de 2,9 bilhões, à ALESC, 1,3 bi e ao Executivo, 40 bilhões.
O Governo assumiu com a doutrina liberal na mão. Já empossado, um dos principais pilares do Liberalismo, o tamanho do Estado, foi, olimpicamente, ignorado. O Governo não se preocupou com o Estado Mínimo Eficiente, preferiu trabalhar com 25 Secretarias ou equivalentes, quando o recomendado seria no máximo 15 Secretarias.
Além das 25 Secretarias, escondem-se dentro delas um conjunto de empresas públicas que ferem os princípios da doutrina liberal. “Tudo o que a iniciativa puder fazer ela o fará melhor e mais barato” repetem os críticos desde Adam Schmidt.
Um Governo eficiente e inovador estaria preocupado com os serviços básicos da população – EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA E INFRAESTRUTURA.
Todavia nas entranhas do Governo constata-se que muitos recursos são encaminhados para empresas deficitárias extraindo recursos das necessidades básicas da população e limitando os investimentos do Governo, justamente, eles, que são a mola propulsora da renda e empregos. São pelo menos 19 organizações que poderiam ser concessionadas ou privatizadas:
- Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina S.A. BADESC
- CELESC Distribuição S.A.
- CELESC Geração S.A.
- Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina S.A.
- Centro de Eventos de Balneário Camboriú
- Centro de Eventos Luiz Henrique Da Silveira
- Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina S.A.
- Companhia Catarinense de Águas e Saneamento
- Companhia de Gás de Santa Catarina
- Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina S/A. – COHAB/SC
- Companhia Hidromineral Caldas da Imperatriz
- Fundação Escola de Governo – ENA
- Imbituba Administradora da Zona de Processamento de Exportação S.A.
- SC Participações e Parcerias S.A.
- SCPar Porto de Imbituba S.A.
- SCPar Porto de Laguna
- SCPar Porto de São Francisco do Sul S.A.
- Transporte Aquaviario Itajaí Navegantes
- Zoo Balneário Camboriú
À luz dos interesses do Estado, apenas o Badesc e o Centro de Informática ´poderiam justificar a sua existência, todos os demais deveriam fazer parte de um Programa de Privatização ou Concessões Públicas. Vale observar que o Estado gerencia 03 portos uma atividade típica da iniciativa privada. Fica claro que há prejuízos irrecuperáveis em permanecer com estes ativos.
Não obstante o governo estar interessado em PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) a execução está lenta e, aparentemente, pouco interesse na sua implementação.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE