O Futuro esta na Educação

Singapura há pouco mais de 50 anos atrás era um gueto internacional de bandidos de todos os naipes. Sua população atual é de pouco mais de 5,5 milhões, mas estão aterrando a Ilha para viver lá 10 milhões. Seu tamanho é um pouco maior de Floripa, 721,5 km². Hoje Singapura tem renda per capita de 80 mil dólares ano, é uma cidade vibrante, topo dos países desenvolvidos.

A transformação começou em 1959 quando assumiu como primeiro ministro Lee Kuan Yew um sujeito que não estava para brincadeiras políticas, inseriu leis duríssimas, instalou a pena de morte, quem não fugiu, foi para a “bala de prata”.

O Projeto de Lee Kuan Yew foi baseado no  crescimento econômico, apoio ao empreendedorismo empresarial e sobretudo, intenso programa de educação. Todos foram obrigados a estudar, pais que se negavam a mandar seus filhos à escola eram sumariamente, presos.

Deng Xiaoping (1978/90) falava na “segunda revolução” que era precisamente, além de criar as chamadas “zonas de exportação” onde o capitalismo privado foi aceito, passou, igualmente a investir pesadamente em educação.

Há dezenas de países que resolveram o problema da educação nestes últimos 60 anos, afinal o que falta para o Brasil, uma das maiores economias do mundo, com recursos naturais abundantes, água, imenso território e sobretudo, 210 milhões de consumidores?

Falta ao Brasil um projeto de Educação.

Como assim se os Estados aplicam 25% e municípios 18% de seus orçamentos na Educação e a União em 2019 vai consumir 122 bilhões?

O diabo mora nos detalhes. Via de regra os recursos dos Estados e municípios são mínimos diante das demandas escolares. É preciso que a União destine mais recursos para os entes federados.

Há um problemão a ser resolvido –  uma PEC que revogue o item IV do artigo 206 e em seu lugar seja adicionado – IV – gratuidade do ensino básico em estabelecimentos públicos oficiais; V – permitir que o Estado e Município contratem todas as vagas disponíveis nos colégios privados e através de bolsas de ensino, contemplem todos os alunos cujo indicadores seja num quadro de mérito. VI – Nos estabelecimentos oficiais públicos superiores o ensino será pago. Para os alunos carentes e que por merecimento alcançaram vaga no vestibular será disponibilizada bolsa de ensino onerosa.

Resolvendo este impasse não faltarão recursos para o ensino básico que é o que interessa. Pode-se inundar a Federação de escolas técnicas e profissionais elevando a qualidade do trabalhador brasileiro. Para isso é preciso enfrentar o “dragão” do financiamento e sobretudo, as corporações estudantis que acreditam que o Ensino Superior gratuito vai resolver o Brasil.

Infelizmente, estão equivocados, a solução do Brasil passa por um ensino Básico de qualidade. Pressupõe boas instalações físicas, bons professores, escola em tempo integral e bom material didático. Fora disso não há salvação.

DILVO VICENTE TIRLONI
PROFESSOR, COORDENADOR DO MDV

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