PENSAR A METROPOLE
Floripa foi alçada à categoria de Metrópole pelo IBGE em 25/06/2020
Não basta apenas ter vontades, desejos, projetos imaginários para dirigir a “coisa pública” é necessário, sobretudo, conhecimentos, convicções técnicas e políticas para tratar a cidade ou Região dentro dos novos marcos regulatórios.
Floripa é o centro político da Região Metropolitana um conjunto de municípios conurbados – Santo Amaro, Palhoça, São José e Biguaçu – e os vizinhos que circundam. O modelo atual de “administrar o município” já está superado, precisamos, urgentemente, pensar regionalmente, e agir, municipalmente.
Felizmente, as leis favorecem os gestores, já construíram as alternativas geopolíticas. Começa pela Mesorregião. O Estado foi dividido em 06 Mesorregiões, cada qual com um número de Municípios. A nossa chama-se Mesorregião da Região da Grande Florianópolis e se compõe de 03 Microrregiões – Tijucas com 07 municípios, Florianópolis com 09 e Tabuleiro com 05, num total de 21 municípios.
Faz parte da Microrregião de Florianópolis os seguintes municípios: Antônio Carlos, Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, Paulo Lopes, São Amaro, São José e São Pedro de Alcântara.
A microrregião se confunde com a Região Metropolina que “é um recorte político-espacial complexo que envolve uma cidade central, a metrópole, (Floripa) que polariza e dinamiza as demais cidades ao redor, influenciando-as econômica, social e politicamente”. As vezes também se fala em “espaço conurbado” quando duas ou mais cidades se “encontram” e formam um mesmo espaço geográfico. É o caso de Floripa/São José/Palhoça/Biguaçu e Santo Amaro (05) cuja gestão municipal, isoladamente, está ultrapassada.
Quando as cidades conurbadas atingem este patamar cabe aos gestores encontrar outros caminhos além da individualidade que hoje praticam. Como resolver o problema dos transportes, do saneamento, senão pelo viés metropolitano? Mas não é só.
Há outros segmentos implorando pela Gestão Metropolitana – agricultura, energia, comunicações, Lixo, Drenagens, Habitação, Infraestrutura de Transportes e respectivas tarifas, Treinamento de Funcionários, Meio Ambiente, e last but not least, Educação, Saúde e Segurança.
As leis que regem este novo mundo de “Pensar as cidades” oferecem bons instrumentos de gestão a partir de Planos de Desenvolvimento Integrado, Planos Setoriais Inter federativos, Fundos Públicos, especialmente, operações urbanas consorciadas e Consórcios Públicos. Nada disso se vê ou se opera por aqui.
Floripa por ser a Metrópole da Microrregião deveria buscar a integração e consolidar a RM. Para se ter uma ideia da grandeza populacional que temos pela frente, em 2010 a conurbação abrigava 877.119 pessoas, 12 anos depois já nos aproximamos de 1,5 milhão e caminhamos para 2 milhões em menos de 20 anos.
Temos queixas severas nos transportes e no Saneamento Básico. A região poderá entrar em colapso de abastecimento de água caso não mantenha uma política preventiva de Reservatórios Hídricos. Sobre esgotamento sanitário, tudo está poluído, rios, mangues, lagoas, praias o que nos coloca 67º lugar entre as 100 maiores regiões do País.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE