PROJETO: CURSO SOBRE A DOUTRINA LIBERAL – 8ª AULA

8ª AULA – PILAR 04.2 – EFICIÊNCIA EMPRESA PRIVADA X EMPRESA PÚBLICA
A iniciativa privada é mais eficiente na produção de bens e serviços, oferecendo-os com maior qualidade e custos reduzidos. Os defensores do liberalismo econômico argumentam que as empresas estatais devem ser rejeitadas, pois seus gestores não estão motivados pela essência do modelo capitalista, que é o lucro. Para alcança-lo é preciso atenção constante na qualidade e inovação, algo inexistente no gestor público. Além disso, esses gestores não têm a mesma disposição para ampliar os investimentos, sendo guiados pela burocracia, que, como se sabe, nem sempre são capazes de identificar as melhores oportunidades de negócios.
O Brasil adota um modelo econômico híbrido, no qual convive um sistema capitalista e um estatal, partes de um mesmo organismo. Enquanto as empresas privadas têm o lucro como motor principal (avaliadas nas bolsas de valores), nas empresas públicas os déficits são uma constante. É raro ouvir falar de corrupção nas gestões privadas, mas nas estatais os crimes como corrupção ativa, passiva, peculato e concussão são recorrentes, prejudicando não apenas as empresas, mas toda a sociedade.
Em regra, as empresas públicas têm pouco compromisso com seus objetivos sociais. Um exemplo disso são os Correios. Enquanto os concorrentes privados crescem exponencialmente, gerando empregos e renda, o estatal enfrenta sérias crises de gestão desde o escândalo do mensalão, apresentando lucros apenas entre 2018 a 2022. Nos períodos anteriores e posteriores, sob gestões com viés socialistas, a empresa registrou prejuízos. Nos Estados não é diferente. SC investiu 300 milhões no Porto de São Francisco (2024/2025) para aprofundar o canal e permitir a atracação de navios maiores, dinheiro que poderia ser investido na Educação e Saúde.
Vale ressaltar que os Correios não são um caso isolado de má gestão. De acordo com a Ministério da Gestão e Inovação, os prejuízos das estatais federais em 2024, envolvendo 44 empresas públicas com controle direto e 79 com controle indireto, podem ter superado 6 bilhões de reais.
Assim, fica evidente que as empresas estatais não trazem benefícios ao país. Elas se tornam feudos políticos, cabides de emprego, causam prejuízos financeiros, não tem recursos para Investimentos e muitas vezes não cumprem suas funções institucionais de forma eficaz.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTENTE
NOTA: Entre janeiro e novembro de 2024, as empresas estatais federais acumularam um déficit de R$ 6,04 bilhões, informou o Banco Central. Esse valor é o maior já registrado para o período desde o início da série histórica, em 2002. O déficit ocorre quando os gastos dessas empresas superam suas receitas. Para cobrir essa diferença, as empresas podem usar seus próprios recursos ou recorrer ao Tesouro Nacional, que é o caixa central do governo. O dado reforça os desafios financeiros enfrentados por essas instituições públicas. Segundo Ministério da Gestão e Inovação, os maiores déficits em 2024:
Emgepron, ligada a projetos navais – R$ 2,49 bilhões
Correios – R$ 2,19 bilhões
Serpro, que atua no processamento de dados do governo – R$ 590,43 milhões
Infraero, que gerencia aeroportos federais – R$ 541,75 milhões