RM – O PESO DO BACALHAU
O PESO DO BACALHAU
Florianópolis e arredores, conhecidos por suas praias idílicas, lagoas serenas e rica biodiversidade, enfrentam uma crise ambiental que ameaça tanto o ecossistema quanto a qualidade de vida de seus moradores e o próspero setor turístico. É fundamental que essa situação seja revertida.
À medida que as eleições se aproximam, é crucial que os moradores da Região Metropolitana exijam de seus candidatos um compromisso robusto com a implementação de projetos de gestão ambiental eficazes, especialmente um novo modelo para os serviços de esgotamento sanitário.
Relembrando o passado, as farmácias vendiam o “óleo de Fígado de Bacalhau”, ilustrado por um personagem masculino carregando às costas um enorme peixe atado por cordas. Na minha análise como consultor de gestão pública, a Região Metropolitana carrega a CASAN, às costas. A região contribui com quase 50% dos recursos, mas recebe pouco em retorno.
RECEITAS DA CASAN – ÁGUA + ESGOTO
Região | Água 2023 | Esgoto/2023 | TOTAL | % |
Metropolitana (Floripa&Cia.) | 618.346 | 247.407 | 865.753 | 48,05 |
Sul Serra | 259.394 | 59.955 | 319.349 | 17,70 |
Oeste | 309.314 | 51.968 | 361.282 | 20,00 |
Norte Vale | 236.850 | 20.142 | 256.992 | 14,25 |
Total | 1.423.904 | 379.472 | 1.803.376 | 100,00 |
Os investimentos são insuficientes. Em 2022 e 2023, a CASAN prometeu grandes avanços com a desativação das lagoas de estabilização de Potecas, em São José, e a construção da nova Estação de Tratamento de Esgotos, descrita como a maior obra do tipo em Santa Catarina. Contudo, os valores investidos não foram divulgados e as obras se arrastam há mais de 24 meses.
De acordo com relatórios da CASAN, o investimento médio da estatal nos últimos dez anos, para os 194 municipios, foi de cerca de 308 milhões, provenientes de financiamentos. A Região Metropolitana, contribuindo com 48% para esses financiamentos, vê seus recursos sendo utilizados em outras áreas do estado. Assim, o fardo do “bacalhau” se torna cada vez mais pesado.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE
SOLUÇÃO: Prefeitos da RM se reunirem, e juntos com o Governo do Estado, licitar os serviços. O “case” Grande Maceio evidencia uma solução que interessa a todos.