TRIBOS DE JACÓ E OS RACHAS LIBERAIS
Encerradas as eleições, sobrou um cenário político fragmentado, tanto em nível local quanto nacional. Os segmentos socialistas, de maneira geral, demonstram uma adesão consistente à doutrina marxista, conhecendo seus princípios e seguindo Lula como um “Stalin de gravata” (vale lembrar que Stalin usava jaquetas). Tradicionalmente associado à juventude, o Partido dos Trabalhadores enfrenta dificuldades para renovar suas lideranças, especialmente à medida que seu principal líder, se aproxima dos 80 anos. Desde a década de 1980, não emergiram lideranças significativas dentro do campo petista, e nestas eleições “terceirizou” para o PSOL a Prefeitura de SP.
E os Liberais Conservadores?
No Brasil, existem 29 partidos, dos quais 19 se identificam como liberais conservadores, todavia, muitos carecem de uma compreensão aprofundada da Doutrina Liberal. Essa falta de verdade projeta os partidos como “bandos” políticos, mais interessados nas alças do Tesouro do que, propriamente, em projetos para o País. Em razão destas iniquidades essas agremiações gravitam em torno do governo e sempre estiveram dispostas a apoiar o PT mediante “dutos de propina” — um processo que ainda persiste. Sem o conluio desses “picaretas liberais”, o PT jamais teria conseguido se manter no poder. Bolsonaro tinha a oportunidade de pôr fim a essas iniquidades, mas sua percepção política limitada gerou entraves desnecessários.
Uma novidade nesta eleição foi a candidatura de Pablo Marçal. Com 37 anos, uma sólida formação acadêmica e um robusto conhecimento do liberalismo, Marçal expôs os “liberais de fancaria”. Ele evidenciou as contradições na organização dos grupos políticos no Brasil: Marta Suplicy, vice de Boulos, foi secretária de Nunes; Soninha Francine, Secretaria dos Direitos Humanos, ligada ao comunismo, também fazia parte da estrutura da prefeitura; e Aldo Rebelo, ex-ministro de Lula e líder do Quinto Movimento, atuava na gestão de Nunes. Pablo enxergou as “mutretas” dessas alianças espúrias, denunciou aos eleitores, e, embora tenha se destacado, não conseguiu avançar para o segundo turno.
Marçal possui grande habilidade na comunicação e defende a necessidade de “educar” a direita brasileira. Ele enfatiza que os liberais não se reúnem em torno de uma única liderança, pois o pilar fundamental é a liberdade — que não comporta a noção de “propriedade”. Assim como as tribos da Casa de Jacó, os grupos liberais apresentam modos de pensar distintos, muitas vezes de forma contraditória. É crucial orientá-los, admitir a existência dessas tribos e mostrar que o verdadeiro adversário não são os “filhos do liberalismo” e sim os marxistas disseminados por diversas regiões do país, dentro das organizações públicas, universidades e até em altos escalões da Justiça brasileira.
Pablo Marçal emerge como um novo diamante da direita brasileira — ainda em processo de polimento, mas com grande potencial para se tornar uma figura significativa, uma das doze “tribos da família Jacó Brasil”.
Felizmente, ao contrário do PT, o país revelou outras jovens lideranças liberais: Nicolas Ferreira, Pavanato, Nantes, Kim Kataguiri, Fernando Holiday, Guto Zacarias, Zema Júnior, Carla Zambelli, André Fernandes, entre outros. Cada um representa tribos, mas todos estão unidos em torno de um ideal comum as liberdades democráticas para um Brasil mais justo e inclusivo.