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SEM DOUTRINA E SEM PROJETOS

• Política
• 22 de março de 2022

Estamos presenciando uma debandada geral de políticos de partidos socialistas para liberais e de liberais para socialistas. Por que estas migrações surpreendentes?

A primeira coisa a identificar num político deveria ser a sua opção ideológica – socialista (esquerda) ou liberal (direita). Há até os denominados “muristas” aqueles que transitam sobre um muro com pingadeira, olhando de um lado para outro, na busca da melhor oportunidade.

Para que o leitor entenda estes comportamentos vamos dar um corte na história, vamos para 14/07/1789 quando derrubaram o Castelo da Bastilha, uma fedorenta prisão de adversários do rei. A monarquia, até esta data, numa linguagem atual, comandava ferozes ditaduras reais, mundo afora, especialmente, Europa.

A história foi amena, chamou estas iniquidades de “absolutismo real”, mas eram governos que suprimiam e restringiam as liberdades e direitos individuais, não havia judiciário e o “legislativo” era dominado pelo próprio monarca com a ajuda da Igreja. Eram Sistemas antidemocráticos, cruéis, impiedosos, assassinos.

A ditadura real tudo dominava, a propriedade privada inexistia, tudo pertencia ao rei, praticava-se o mercantilismo, sistema econômico que recepcionava as grandes corporações marítimas, todas estatais. Modestas oficinas, ateliers de artistas, operavam sob intensa fiscalização real, o rei podia confiscar tudo a qualquer momento.

Foi neste ambiente hostil à população que se originou o “iluminismo” que deu base doutrinária ao movimento, cujos pilares estão presentes até nossos dias.

São 05 os pilares do liberalismo – defesa da vida, das liberdades individuais, da propriedade privada, do livre comércio e da democracia. Estes pilares passaram a ser classificados como “liberalismo econômico” “liberalismo social” e “liberalismo político” segundo o pilar a que pertence o segmento.

Marx um ardiloso jornalista, se apropriou do “liberalismo social” (1818/1883) diante da “exploração trabalhista nos primórdios da revolução industrial”, defendeu os direitos dos trabalhadores, passando a se apoderar dos valores liberais. Desde então comete-se uma fraude histórica de achar que os direitos individuais e coletivos deve-se ao socialismo. É uma grossa mentira. Basta ver a DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO DE 1789, PUBLICADA 43 DIAS APÓS A Revolução.

Feita esta narrativa vamos aos políticos brasileiros. Os socialistas de uma maneira geral conhecem a doutrina marxista, se orientam por ela, representam uma ameaça às liberdades sociais e à economia. Seu projeto de governo é ditatorial (China, Cuba, Coreia do Norte), e aos moldes das ditaduras monárquicas tudo fica subordinado ao “Comitê Central do PC”. O partido feito o Rei Luiz XIV, berra aos 04 ventos – “O Estado sou eu”.

Os liberais de uma forma geral são uma tragédia política a começar pelos Estatutos Partidários. Não há um, sequer, capaz de mencionar nos seus objetivos, a defesa dos pilares liberais, tudo é muito confuso, desfigurado, não há um projeto de Estado, de País, de município.  Um julgamento suave indicaria que os partidos liberais brasileiros parecem exibir não um estatuto, mas um passaporte para recolher interessados a fazer parte de “bandos políticos” com vistas a saquear os tesouros públicos.

Quem conhece doutrina política, cria convicções. Quando se vê no Brasil 32 partidos 13 socialistas e 19 liberais, o eleitor logo enxerga algo errado, não há tantas doutrinas ou vertentes de doutrinas para abrigar tantas siglas. É um engodo político só existente em nosso País. Urge que se faça uma Reforma Política e que estas iniquidades sejam suprimidas. O Brasil não dará certo enquanto persistir este partidarismo de botequim, agora que todos os partidos se transformaram em “estatais” que subtraem através de Fundos Partidário e de Campanha nada mais do que 6 bilhões por ano, fora a propaganda eleitoral “gratuita”. É o maior assalto aos cofres públicos do mundo.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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Exemplos de debandada

1. Geraldo Alkimin, supostamente, um liberal se inscrevendo no PSB para ser vice de Lula/PT
2. Alessandro Vieira do Cidadania para o PSDB
3. Dário Berger do PMDB para o PSB. Dário é Empresário abraçou um partido que defende a socialização dos meios de produção
4. Vários deputados do PSL para o PL. Todos os Estatutos são omissos, mas o nome indica que são liberais

Socialistas – PDT, PT, PCDOB, PSB, PMN, CIDADANIA, PSTU, PCB, PCO, PSOL, REDE, UP, PSDB (13)

Muristas

PSDB – FHC criou programa de desestatização. Tendência socialista.

SOLIDARIEDADE – é da Força Sindical, tendências socialistas, não reveladas em seu Estatuto.