TÚNICA BRANCA
Jorginho Mello/PL disputou a eleição em primeiro turno com outros 05 competidores, 04 liberais e um socialista, Décio Lima. Fez 1,57 milhões (38,61%) dos votos e Décio Lima, 693 mil, (17,42%) uma clara referência de que o Estado, rejeita o socialismo. Somando os demais liberais, o primeiro turno computou quase 65%.
No segundo turno a vitória dos liberais foi ainda mais acachapante, quase 3 milhões de votos, 70,69% enquanto o socialista da “Frente Democrática” fez 1,2 milhões, 29,31% do total.
As forças que elegeram Jorginho Mello se encontram no forte segmento do Agro Catarinense, nos sistemas de logísticas e transporte, nos serviços, indústria e comércio em geral e Last but not least, o Presidente Bolsonaro. De cada 10 catarinenses, 7 votaram em Jorginho Mello. É um patrimônio político inigualável na história de nosso Estado cujo respeito à doutrina Liberal é irrefutável.
Eleito, Jorginho foi visto pelos catarinenses como o “homem da túnica branca” sem manchas, pronto para conduzir o barco a uma enseada tranquila, com muita renda e empregos, desejo da população.
Os políticos liberais brasileiros e os catarinenses de forma particular, são despidos de consciência liberal, dos pilares do liberalismo, o que está “filosofia” representa nos dias atuais e sobretudo, o risco que ela está correndo na América Latina, Brasil no meio. É comum ver opiniões com o seguinte teor “Partidos políticos? É tudo farinha do mesmo saco” numa clara alusão de que todos são iguais – incompetentes, corruptos, só pensam nos seus próprios interesses.
Sucede que os núcleos dos partidos Socialistas, não são estúpidos como se imagina, tão pouco parvos no atingimento de seus objetivos. Obedecem a comandos claros da Internacional Socialista, defendem o Partido Único (embora sejam várias facções operam sempre em conjunto), abandonaram os métodos violentos dos tempos de Fidel e agora usam os ensinamentos de Gramsci que é mais ou menos como “comer o mingau pelas beiradas”, controlam as mentes dos Sindicatos, Diretórios Acadêmicos secundários e terciários e, claro, um bom número de professores.
E vamos ser claros só cresceram no mundo e, notadamente, no Brasil, pela fragilidade de nossos liberais. Quem recepciona os socialistas como “partidos inocentes”, como defensores das liberdades individuais e coletivas, da defesa dos pobres, do “progressismo”, são os liberais. Os socialistas falam o tempo todo em democracia, na prática, abraçam as nefastas ditaduras. Temos no Congresso mais de 130 deputados socialistas e um bom número de senadores, graças aos liberais. São os liberais que permitem estas iniquidades, que valorizam partidos com projetos ditatoriais, (são pelo menos 09 registrados no TSE) que desprezam a democracia, rejeitam os direitos individuais, criminalizam o Agronegócio e defendem, propositadamente, uma escola sem valores cristãos.
É incomum ocorrer eleições como o que aconteceu com o então candidato Jorginho, disputar uma eleição com PL sozinho, sem o apoio dos demais. O comum é ver coligações que mais parecem “cobra dágua com jacaré” (Socialistas+Liberais). Como essas uniões são antagônicas entre si, prevalece a grana e não a ideologia. O Centrão é fruto disso, como há ausência de princípios doutrinários negocia-se os “caixas” das Instituições, preferencialmente, onde se opera com muito dinheiro, Bancos por exemplo.
Toda esta narrativa para recusar de forma veemente, a indicação da Dra. Carmem Zanatto para a Secretaria da Saúde. Na quinta feira, 23/02/2023, JM confirmou a sua indicação à frente da Pasta da Saúde. É uma indicação que fará imensos estragos na doutrina liberal de nosso Estado.
Zanotto é filiada ao Partido Cidadania, ex-PPS que teve origem numa das costelas do Partido Comunista do Brasil. Seu atual dirigente, Roberto Freire, é seu Presidente e adotando a linha stalinista de gestão, é aclamado há 39 anos como o “chefão” dos comunistas amigos. Atualmente, para se ajustar aos ensinamentos de Gramsci adotaram, estatutariamente, a linha “Paz e Amor” se dizem humanistas, ambientalistas, mas não esquecem Marx e “seu humanismo libertário” e, sobretudo, a busca da construção de uma sociedade “socialista e plural”. Ninguém sabe ao certo o que isto quer dizer, a não ser práticas existentes em Cuba, China, Coreia do Norte entre os seus maiores representantes.
Jorginho que até a data acima comparecia com sua túnica alva e festiva, agora já conta com a primeira mancha vermelha.
Foi, seguramente, um equívoco contra os quase 3 milhões de votos recebidos.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE