BOBAGENS ECONÔMICAS E O CORONAVÍRUS
Nestes tempos de crise profunda da economia aparecem os salvadores da Pátria com propostas acadêmicas superadas e politicamente, estúpidas. Dentre as bobagens que tenho lido uma delas se refere ao modelo liberal de nossa sociedade – é preciso discuti-lo, bradam os idiotas da objetividade, todos componentes das camadas socialistas de algum centro acadêmico. Com o “aval” de alguma universidade pública esgrimam que o “neoliberalismo” é uma invenção diabólica perpetrada pelos grandes capitalistas para oprimir os pobres e destruir a esperança das populações. Desconhecem a história e os postulados liberais.
Desde 1789 quando foram recepcionados os valores do liberalismo – direito à vida, defesa dos direitos individuais e coletivos, defesa da propriedade privada, do livre mercado, da democracia – estes fundamentos nunca mudaram, estão presentes quer na primeira Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26/08/1789) como na segunda de 10 de dezembro de 1948 da Organização das Nações Unidas. Foram os Estados Liberais que construíram estes documentos, não os socialistas.
Com a chegada da Pandemia os Governos se viram obrigados a “salvar” a economia e passaram a ejetar grandes somas de recursos (diga-se, inexistentes) na presunção de que esta dívida será amortizada pelas gerações futuras. Portanto, uma forte intervenção na economia.
Neste momento surgem então os oportunistas para falar da importância do Estado, da sua necessidade urgente, da gestão coletiva, confundindo o sistema econômico com o sistema político.
Fique claro que o liberalismo desde sempre propugnou pela presença do Estado Forte justamente para proteger os cidadãos, as instituições, a democracia. O Estado é um ENTE ÚNICO que foi construído para a defesa da sua população, não ser contra ela.
Há que se distinguir o sistema econômico (relações de troca) do Sistema político. O capitalismo desde os tempos dos fenícios tem se mostrado eficiente e provedor das necessidades humanas, baseado na teoria dos preços. Ele só se viabiliza nas economias liberais.
O socialismo ao contrário trabalha dentro de uma economia planejada, cujo modelo fracassou redondamente, onde foi implantado. Até a Rússia mãe do socialismo o abandonou justamente pela sua inviabilidade. A China que é uma ditadura infernal, assassina, percebeu que pelo menos nas relações de troca, deve imperar o capitalismo “opressor”. Como resultado virou o paraíso do “capitalismo predador”, posto que por lá os direitos trabalhistas tanto individuais quanto coletivos, inexistem.
O liberalismo defende estes direitos consequentemente, estabelece limites em que o capitalismo deve operar. A liberdade de agir e reagir economicamente não pressupõe abusos de uns sobre os outros, por isso as leis de proteção ao consumidor, os freios colocados para regular monopólios e oligopólios, a fiscalização das Agências Reguladoras.
Os oportunistas de ocasião estão defendendo que o Liberalismo acabou e o que temos de bom é o modelo socialista chinês, déspota, mandão, autocrata comandado por um grupo de burocratas que ascendem ao poder não pelo sufrágio universal do voto, mas pela observância estrita a um Partido Político único.
Este modelo não interessa ao povo brasileiro, nem às nações liberais espalhadas pelo mundo. Assim como o liberalismo resolveu as grandes tragédias recentes da humanidade, primeira, segunda Guerra, saberemos, democraticamente, vencer a pandemia do vírus chinês.
ADM. Dilvo Vicente Tirloni
Presidente do MDV