DIREITA, ESQUERDA MUITO PELO CONTRÁRIO
As pessoas gostam de ser rotuladas (algumas rejeitam) de direita ou de esquerda. Já houve tempo que ser de esquerda era “cult” de direita “grosso” e muito pelo contrário, “alienado. A grande maioria destas tribos não entendem muito bem os conceitos, em torno da mesa de um bar, é comum debates eloquentes, todos discutem, e ao final e cabo, ninguém tem razão. A ausência do conhecimento doutrinário leva a estas iniquidades.
Há dois grandes campos de interesse político na sociedade e isto desde 1789, quando se fez a Revolução Francesa. Esta já foi embasada nos ensinamentos dos “iluministas” que construíram o mundo político moderno. Vale citar Montesquieu que deu estrutura orgânica ao Estado e John Locke, o pai do liberalismo. Estes intelectuais não se conformavam com o Estado absolutista (Monarquia) em que o rei mandava e desmandava segundo seus valores pessoais. Os inimigos via de regra pagavam com a própria vida.
Foi assim que nasceram alguns valores que sobreviveram até hoje e que formam os pilares da sociedade moderna. O primeiro deles é respeito à vida; o segundo é respeito ao direitos individuais e coletivos, englobando os direitos de ir e vir, direito de expressão, pensamento, religião, à justiça, à educação, à saúde; o terceiro pilar diz respeito à propriedade privada; o quarto é o livre mercado (teoria dos preços); o quinto pilar a Democracia governo que tem origem no povo (voto). Neste sentido a Monarquia daria vez à República.A este conjunto de valores John Locke passou a chamar de Liberalismo (que vem da palavra latina libre, isto é, livre). Portanto ser liberal é defender as liberdades conforme os valores citados. Vale ressaltar que o Liberalismo convive muito bem com o Estado, liberais de raiz defendem um Estado enxuto e forte, outros podem se situar mais à direita ou mais à esquerda destes conceitos. Na doutrina socialista isto é impossível.
Tudo ia bem até que apareceu Marx na história. Marx era um sujeito inteligente, boêmio, casado com mulher rica, gostava de um bom whisky, vivia sentado nos melhores bares de Londres, debatendo a “exploração dos trabalhadores” pelos magnatas do ferro e aço, dos “arrogantes” aristocratas que oprimiam seus empregados, preferencialmente, com Engels. Era preciso conter estes exploradores. Passou a escrever artigos contra o “status quo” resultando ao final no “marxismo” cujos fundamentos sustentam o “socialismo”.
Lenin exilado em Londres era amigo de Marx foi o primeiro a utilizar na prática, as teorias marxistas “rejeitando a teoria dos preços”, praticando o planejamento centralizado, acabando com a propriedade privada e os direitos humanos. Era precisamente, o contrário do liberalismo. Vale ressaltar que a doutrina se difundiu entre os trabalhadores, milhões morreram em nome dos postulados marxistas, para no final e cabo resultar no mundo que vivemos, a teoria marxista totalmente desmoralizada sendo praticada por grupelhos chineses, tiranetes cubanos, o despótico Maduro além do mais cruel dos assassinos modernos Kim Jong-un.
No Brasil temos 12 partidos que defendem está doutrina insana. Defender o socialismo é defender ditaduras assassinas, ser contra direitos humanos. No País estamos diante desta encruzilhada – abraçar o liberalismo ou voltar à esteira do socialismo praticado pelos governos socialistas desde 1989, uns mais outros menos convictos. Dançamos à beira do abismo nos últimos 15 anos, felizmente, Bolsonaro foi o freio de arrumação que surgiu. O que se debate no Brasil não são propriamente as inesperadas ações do Presidente, são as tentativas de “enquadrar o Governo” nos moldes do figurino anterior, cuja programação é inaceitável pelos liberais no poder. Insistir na prática do “contragolpe” é levar a um stress desnecessário e altamente explosivo. Os mais experientes devem saber como começam os movimentos antidemocráticos, é bom não provocar a onça com vara curta.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI
PRESIDENTE DO MDV