AS 04 FRAUDES DO SOCIALISMO

A primeira delas nasce da origem do vocábulo – social+ismo – que transmite a ideia de que a doutrina está calçada no atendimento das carências da população. Portanto eleger candidatos deste campo é assegurar que os recursos dos Tesouros sejam encaminhados aos mais carentes. Operam com a filosofia “Robin Hood”, tirar dos ricos, via imposto, para dar aos pobres. A mais recente tapeação vem da capital do Pará onde o PSOL acaba de criar uma bolsa “Bora Belém”, no valor de R$450,00 mesmo para quem já recebe o Bolsa Família. Esta farsa populista retira recursos das creches e do ensino básico, deveria ser afrontada e desconstituída na Justiça.

Vale sempre ressaltar que o socialismo não deu certo em lugar algum que foi testado. Foram, aproximadamente, 60 experiências, as mais antigas são Cuba, Correia do Norte, Vietnã, Laos e China. A China, espertamente, logo percebeu que o “capitalismo de Estado” não daria certo, adotou o capitalismo privado, sob comando do PCCh. Lá é hoje o paraíso do capitalismo predador, as regras ambientais são olvidadas, não há regras trabalhistas, todos se obrigam ao dirigismo comunista.

A segunda prática muito comum é assumir o monopólio dos direitos individuais e coletivos. É, justamente, o contrário. Os grandes incentivadores da doutrina social, estão calçados nos filósofos iluministas (que criaram o liberalismo) que entendiam que um “desposta, um ditador, um tirano”, como eram vistos os reis de então, não podiam predominar sobre os direitos naturais da pessoa como o direito à vida, o direito à propriedade, o direito de ir e vir, o direito de expressão, de pensamento. Qualquer Governo socialista se baseia na tirania, no mandonismo do Partido Comunista.

A terceira fraude é na gestão do País. Muito embora os atuais partidos socialistas admitem o capitalismo (China) a média de seus dirigentes, tem aversão aos interesses privados. Mesmo na China o caso mais bem-acabado de sucesso empresarial, Jack Ma, o fundador do Alibaba, está sob investigação e nestes casos ficar contra alguma instrução do PCCh é quase decretar a morte do seu autor. No Brasil a doutrina socialista é bem recepcionada pelos partidos que adoram as organizações estatais, e conta com a ajuda dos liberais de fancaria, que adoram uma empresa pública para transformá-la em reduto eleitoral. Em vez de lutar pelo Estado Promotor da Educação, da Creche, da Saúde, da Segurança, da Infraestrutura, preferem gastar recursos dos impostos para alimentar uma cadeia de apaniguados políticos. CASAN, COMCAP, IGEOF, CELESC, CEASA, entre outras são exemplos acabados da confusão política que nossos agentes públicos cometem.

A quarta fraude vem de outro desejo, o de monopolizar a narrativa sobre o domínio dos costumes segundo a sua visão, com intenção destrutiva. Os usos e costumes entraram na ordem do dia, eis alguns: família, identidade de gênero, religião, uso de armas, racismo estrutural, para ficar nos mais polêmicos. Os partidos socialistas passaram a abrigar todos os descontentes ou praticantes de comportamentos afrontosos à sociedade. Como são minorias agridem a maioria, se dizem perseguidos, que é preciso lutar pelas liberdades individuais, que a democracia está ameaçada. Querem impor uma ficção biológica de que não há mais homes e mulheres, que o sexo é algo imposto pelas classes dominantes, que as fichas de identificação afastem o “masculino e o feminino”. Nada é mais radical e ofensivo a muita gente do que frases como “o marido do João” a “esposa da fulana” a “viúva da Maria”, em uma acintosa afronta a quem tem na união matrimonial um valor seu e da sua família. Quem não concordar é chamado de “conservador” como se isto representasse uma ofensa aos valores professados pela sociedade.

Seguramente, nos dias atuais não há a menor chance de haver acordo entre estes comportamentos, pode-se encontrar um modo de convivência pacífica, mas a aceitação normal, será um sonho inalcançável. Desejar impor o modelo da minoria é esgarçar o tênue fio da democracia criando conflitos que podem levar à ruptura institucional. É o que ninguém quer.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE DO MDV

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