Presidente Imaginário

Dia desses li num artigo da Laura Karpuska, economista, (Estadão), que o Presidente deveria ser uma mulher, progressista, enérgica, que respeitasse as Instituições com foco em melhorar a vida das pessoas. A articulista foi mais longe, a “presidenta” deveria ser um agente ativo em combater as diferenças para que as pessoas pudessem ter uma vida digna e livres. Mencionou outras qualidades, respeitar os ritos políticos, ser a favor da legalização das drogas e indicou a qualificação dos ministros, mulheres, negros, comunidade LGBTs, homens, e assim todos estariam representados. Este, aparentemente, é o programa das esquerdas brasileiras, eles acreditam em utopias.

Buscar um líder “messiânico” que agrade a todos, como citado pelo texto, foi o erro que o País cometeu desde sempre. Nossos problemas não foram resolvidos por Getúlio, nem por Juscelino, muito menos por Collor, Lula&Cia. nem por Bolsonaro, como indica a realidade atual.

Estes personagens usaram e abusaram do populismo, esta doença que nos assalta a cada 04 anos. Adoramos correr atrás de um líder providencial, iluminado pela graça divina, para reformar o País.

O Brasil na verdade precisa de uma “Revolução” política, que comece pela limitação de partidos, uma nova Constituição com no máximo 150 artigos que trate da estrutura e funcionamento do Estado, faça as Reformas Tributária, Universitária, Trabalhista, Administrativa, que defenda as liberdades individuais e coletivas, que proteja a propriedade privada, garante o livre mercado, e opere com democracia. Para isso é preciso votos no Congresso.

Com a atual constituição é impossível governar o País, todos se acham um pouco “donos” do poder, embora só o Presidente foi eleito para este fim. A Constituição Brasileira é um estorvo jurídico, um monstrengo que não atende aos interesses nacionais, é preciso fazer o debate de suas cláusulas.

Foi elaborada ainda sob a égide dos “progressos do socialismo” doutrina que estava desmoronando em 1988. Demos azar, se o parto da Constituição tivesse atrasado 12 meses, (pós muro de Berlim) tudo teria sido diferente. Vale lembrar que quem comandou a Constituinte foi Ulisses Guimarães tendo como relator Bernardo Cabral. Estes políticos se alinhavam ao socialismo, (todos contra o regime anterior, era preciso fazer diferente) quem fez a Constituição foram os socialistas e seus derivados.

Tinha-se como certo que o Brasil só avançaria para o quadro das grandes nações protegendo o mercado interno colocando-o como “patrimônio nacional” quando o mundo caminhava para o globalismo, defendendo os monopólios da comunicação, do petróleo e da mineração para a indústria nacional e oferecendo um cardápio de direitos trabalhistas incompatíveis com a produtividade de nossos trabalhadores e a cereja do bolo, o País seria dirigido por um Presidencialismo de coalisão, onde Legislativo poderia gerar despesas sem responsabilidade, o STF poderia garantir a aplicabilidade dos direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal através de um mandado de injunção e o Executivo ficar a reboque destas iniquidades.

Desde então a CF vem sendo emendada, foram consertados algumas de suas cláusulas, foram inseridas várias emendas, de sorte que, o País pudesse ser minimamente governando. Mas fica difícil “endireitar” o que nasceu torto, errado. Ainda hoje o Governo se vê manietado ao Congresso e ao próprio STF. Não temos nem presidencialismo de coalisão, nem presidencialismo e muito menos parlamentarismo. Temos uma miscelânea orgânica onde a vaidade impera, virou a casa da Mãe Joana, todos mandam e ninguém tem razão.

Para resolver estas graves questões é preciso um Movimento Forte, talvez o Bolsonarismo possa ajudar. Não se pode creditar confiança nos antigos políticos, muitos remanescentes de 1988. Por tudo isso, se o Brasil quiser resolver seu futuro precisa confiar em uma “doutrina” avessa ao que até então se produziu. Caso o Bolsonarismo consiga emplacar um bom número de deputados e senadores, junto com Bolsonaro, poderá ser a chave que vai destravar o Brasil.

Confiar nos socialistas e ladrões que assaltaram os cofres de 1988 até esta data, seria o mesmo que retornar com o lobo para cuidar das ovelhas, um desastre político inominável. Muitos brasileiros não estão dispostos a recuar na história.

ADM. Dilvo Vicente Tirloni – Presidente do MDV

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