A NOITE BRASILEIRA DOS CRISTAIS

A “Noite dos Cristais”, 09/11/1938 é conhecida como o maior Pogrom (em russo significa “causar estragos, destruir violentamente”), contra os judeus. Grupos nazistas se organizaram para exercitar o maior “quebra-quebra” da Alemanha e Áustria. Foi um ato de violência praticado pelo partido de Hitler, de forma camuflada, que resultou ao final aprisionamentos em massa de judeus encaminhados para os campos de concentração. Foi uma armação ardilosa que o Ditador precisava para justificar seu ódio contra a etnia semita e fazer convergir o “Deutscher Bundestag” aos seus interesses.

No Brasil, a Noite dos Cristais se deu, agora, em 08/01/2023 quando houve a invasão simultânea aos três poderes – Palácio do Alvorada, Congresso Nacional e STF com destruição do patrimônio público. Embora as investigações estejam no começo, pipocam pelas Redes Sociais vídeos dando conta de que a invasão pode ter sido “organizada” por grupos, adredemente, treinados em terrorismo urbano. Eles se utilizaram da ingenuidade dos militantes de direita, se infiltraram na multidão, para desencadear um processo de turbulência para atingir seus objetivos políticos.

Não escapa a ninguém que o Governo Lula carece de autoridade moral para governar o País e que um evento especial deveria ser engendrado para fazer confluir os poderes, notadamente, o Congresso, para as ações do governo.

Segundo se depreende, o “primeiro ministro” do Lula, o Dinossauro Flávio, feito um Führer alemão, viu pelas janelas do seu Ministério o Plano ser realizado. Há relatos de que tanto ele quanto Lula sabiam do que iria acontecer.  A própria viagem do Lula à Araraquara está envolta em mistérios, realizada às pressas para estar longe de uma eventual “guerra civil”. De se perguntar porque o Governo com instrumentos poderosos como a ABIN, PF, GSI entre outros, não foi capaz de identificar e conter, com antecedência, os verdadeiros autores dos atos criminosos da invasão? Teria sido por omissão ou foram atos intencionais, neste caso atentando contra o Estado Democrático de Direito?

O que chama a atenção foi a forma como se deu a invasão. Não havia nenhuma força policial as pessoas iniciaram a sua peregrinação rumo aos palácios sem que ninguém as contivessem. Pensavam em ocupar os espaços de forma pacífica, ordeira, conforme sempre foi o desejo dos acampados. A grande “massa de ingênuos” seguiu tranquila, adentrou aos espaços e se depararam, então com os “terroristas urbanos” os “Black bloc” que iniciaram a destruição. Muitos apelaram para que a devastação fosse evitada, esforço inútil diante dos objetivos dos depredadores.

Há vídeos revelando que um dos policiais judiciários do Congresso estaria telefonando para algum superior, filmando o ambiente para provar a destruição, e solicitando, diante da missão cumprida, que o pix fosse feito. Do lado de fora, policiais também detiveram um elemento com mochila recheada de material de guerrilha pronto para incendiar e fazer explodir ambientes.

As imagens são reveladoras, o desmantelamento ocorreu de forma geral, tudo o que encontraram pela frente foi destruído. Evidentemente, havia a intenção e ao mesmo tempo, força física para cometer os atos de vandalismo. Não foram idosos tão pouco mulheres que cometeram os crimes. Foram rapagões bem treinados, bem remunerados a serviço de algum interesse que a PF precisa descobrir.

Os fatos não terminaram só na violência terrorista, prosseguiram, durante toda a noite, quando Dinossauro pediu, ao Ministro Moraes, a prisão de todo o acampamento, na suposição de que todos eram criminosos. O Exército Nacional que sempre deu proteção aos acampados numa atitude vexatória, que envergonha os ideais de Caxias, de Rondon, de Olímpio Mourão,  entregou 1200 idosos, mulheres e crianças à sanha dos policiais civis, como faziam os hitleristas, cujo destino foi um “ginásio” da PF, onde tivemos pela primeira vez no Brasil um “campo de concentração” à moda nazista, sem condições salubres, tratados como animais.

Esta ferida aberta em pleno 2023, certamente, trará consequências, no futuro. Ninguém passa impunemente, por uma tragédia política deste porte, sem que as responsabilidades sejam cobradas.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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