A PANDEMIA E A ECONOMIA
Segundo os especialistas há dois cenários possíveis para o vírus – Supressão quando se impõe o isolamento social prática que vimos adotando; e a Mitigação, chamado de isolamento vertical que seria o confinamento dos doentes, dos idosos e de pessoas fragilizadas por doenças graves como cardiopatia, pressão alta, diabetes, entre outras. Em ambas as conjunturas deverá haver fortes investimentos na oferta de serviços médicos.
Os dois cenários são adotados mundo afora. Em decorrência, todavia, do que ocorre na Itália, Espanha, muitos líderes mundiais não hesitaram em adotar a Supressão como o caminho adequado para salvar vidas, notadamente, os Estados brasileiros liderados por São Paulo.
SC, seguindo o “efeito manada” adotou o modelo de Supressão, o Governo do Estado baixou seu primeiro Decreto paralisando parte das atividades em 17/03, seguiu-se outro em 23/03, bem mais amplo atingindo todos os segmentos econômicos exceto os chamados essenciais, segurança e saúde.
Em 14/03, SC tinha 85 suspeitos e 5 confirmados. Atingimos o pico em 22/03 com 410 suspeitos e 68 confirmados. Ontem, 26, 325 suspeitos e 149 confirmados. Neste período contamos com uma morte, em S. José, no dia 24.
SC tem 295 municípios, destes 31 tem contaminação com pelo menos um paciente, despontando Floripa com 19 casos, depois Itajaí com 16, Blumenau e Criciúma com 12, os demais todos abaixo da dezena. 264 municípios não têm nenhum caso.
Analisando este período – 14 a 26 de março – o vírus, aparentemente, evoluiu com certa normalidade sugerindo que o processo de paralização, pouco efeito produziu.
Em decorrência destas análises, ontem, 26, mais de 70 Entidades Empresariais de SC reunidas pediram o fim da “quarentena” de forma escalonada, sugerindo que o Governo adote o “cenário Mitigação” sem prejudicar a roda da economia.
A Mitigação, vale ressaltar, PRESSUPÕE que a oferta de serviços médicos deve ser expressiva. Cabe ao Governo deixar pronto todo o aparato de infraestrutura hospitalar existente e a ser construído como já adotado em alguns Estados que transformaram Centros de Eventos em grandes enfermarias. Para confinar idosos em situação de risco, mas sem a doença o Governo poderia adotar o uso intensivo de pousadas e hotéis.
De ressaltar, igualmente, que o vírus vai se acomadar e ter frequência normal entre a população quando atingir pelo menos 60% da população. Portanto a a contaminação em massa não é ruim ela vem para equilibrar as demandas da pandemia.
Felizmente o Governo do Estado recepcionou o pedido das classes empresariais e já anunciou novo Decreto com a criação de um plano estratégico para a retomada das atividades econômicas em Santa Catarina. A partir de segunda-feira (30), algumas atividades serão autorizadas, porém de forma parcial e com algumas restrições.
SC dará ao Brasil e para alguns Governadores mais afoitos e oportunistas o exemplo a ser seguido. O combate ao corona se faz com recursos que só podem ser gerados pelas pessoas trabalhando, gerando renda e impostos. Um País pobre como o Brasil, com 12 milhões de desempregados não pode ficar refém de “arautos do caos” “anunciadores de funerais em massa”, tão pouco, recepcionar economistas que pregam “diques contra a pobreza” salvar os “informais” “primeiro as pessoas depois a economia”. São frases de efeito, mas levadas a cabo estraçalham com o sistema econômico e põe a população, num futuro próximo de joelhos.
O bom governante é aquele que sabe separar o joio do trigo, felizmente, o Governo Federal e o nosso em particular, conseguiram num mar de desatinos, fazer boas opções.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI
PRESIDENTE DO MDV
NOTA: Consulte o gráfico do ND+ seguramente, o mais elucidativo instrumento para entender o comportamento do coronavírus https://ndmais.com.br/coronavirus/mapa-coronavirus/