BASTA DE REVANCHISMO EM DEFESA DO LEGADO DE FERREIRA LIMA

O Brasil assiste, atônito, à degradação moral promovida por falsos tribunais da história. Agora, o alvo é o professor Ferreira Lima, fundador da Universidade Federal de Santa Catarina — homem honrado, visionário, responsável direto pela existência de um dos maiores centros de excelência do ensino superior no Sul do país. O absurdo toma corpo no seio do CUn da UFSC, que, com base em alegações frágeis oriundas de uma subcomissão da chamada “Comissão da Verdade”, cogita apagar o nome de Ferreira Lima do campus universitário. Trata-se de uma ofensa inaceitável à memória, à história e à verdade.
Essas comissões — implantadas durante os governos petistas, sem qualquer equilíbrio ideológico — foram instrumentos de revanche política, não de justiça. Tomadas por antigos militantes e simpatizantes da luta armada, que sequestraram, mataram e explodiram soldados brasileiros, não buscaram jamais a verdade plena. Ignoraram as vítimas do terror vermelho, trataram como heróis quem praticou crimes hediondos e, de quebra, garantiram indenizações bilionárias a delinquentes políticos. Muitos deles — incluindo Dilma Rousseff e seus cúmplices — jamais responderam pelos crimes cometidos.
Não bastasse isso, agora distorcem o passado para desonrar homens de bem, como Ferreira Lima, que nada teve a ver com a repressão ou abusos de poder. Um educador, não um soldado. Um gestor público, não um censor. Alguém que trabalhou pela construção do conhecimento, não pela sua destruição.
É preciso que a sociedade reaja a este revisionismo seletivo, conduzido por interesses partidários e não pelo amor à verdade. A tentativa de cassar o nome de Ferreira Lima é mais do que um ataque simbólico — é um atentado ao próprio espírito da Universidade. Não se trata de preservar a memória de um regime, mas de proteger a história de uma instituição que nasceu do esforço de homens corajosos e comprometidos com o saber.
Floripa e o Brasil não podem se curvar a mais esta farsa. Ferreira Lima merece ser lembrado com orgulho — não difamado por uma militância travestida de justiça.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI
EX ALUNO DE HISTÓRIA DA UFSC
PRSIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL DIAS VELHO