CIRO GOMES – A MARITACA DO NORDESTE
Parece uma maritaca gritalhona ligada a uma bateria de alta voltagem. Fala mal de qualquer político brasileiro, todos são corruptos, recentemente, foi visitado pela PF, não enxerga exemplo a ser seguido, a não ser, claro, ele. Cita exemplos de corrupção (“eu convivi com ele”) desde os tempos de FHC numa atitude desrespeitosa, ingrata, com quem o apoiou nestes últimos 30 anos. Agora repaginado por um ex-marqueteiro do PT, João Santana, ele mesmo um indiciado da PF, que lhe custou 1 milhão de reais, pagos pelo Fundo Partidário, aparece como um “Rebelde da Esperança”. É do balacobaco!!!
Adora mencionar que é um ex-professor de Direito (achando que com isso confere mais credibilidade no que diz) adota teses “surrealistas” como a “nacionalização” da Petrobrás, onde prega o desgarramento da Estatal brasileira do comércio internacional. Alega, com alguma realidade, que já somos autossuficientes em Petróleo, e, portanto, adotar preços internacionais, é uma insanidade. Segundo a teoria do coronel cearense, bastaria que a Estatal estabelecesse os seus custos fixos e variáveis de produção internos, acrescentasse os custos administrativos e de vendas, e sobre tudo isso, fixasse um lucro justo. Estava resolvido o problema, os custos na distribuição baixariam mais de 40%, consequentemente, o preço para o consumidor final seria bem menor.
É uma tese que muitos podem abraçar, há certa racionalidade na exposição. De fato, o Brasil adquiriu a autossuficiência, não somos um Uruguai que precisa importar 100% dos combustíveis necessários, o Brasil é autossuficiente. Por isso, na opinião de Ciro, a Estatal deveria recepcionar o que faz uma fábrica de pregos, calcular o custo da matéria prima, os custos de depreciação, o custo administrativo, vendas e sobre tudo isso um lucro razoável.
Mas o coronel esqueceu outro detalhe – as leis implacáveis do mercado. Gasolina, diesel barato e outros derivados, exerceriam uma pressão violenta na lei da oferta e procura, o modelo não resistiria, explodiria, e o que era para ser uma panaceia viraria um grande dor de cabeça. A indústria do Petróleo seria desmantelada no País. Fosse o modelo tão bom todos os países o adotariam, internamente, e manteriam a “exploração” para os demais países.
Mas o exercício da imaginação pode ser estendido a outros setores da economia. Vamos imaginar a soja, uma das maiores Commodities do Brasil, ou o milho, ou a celulose, carnes, minério de ferro e o próprio petróleo. Se o modelo é bom, podemos adotá-lo para estes outros setores. Neste sentido, Ciro é surdo e mudo e como o nível de nossos entrevistadores é parcial, colocar o coronel frente a estas realidades, poderia tirá-lo do equilíbrio emocional e gerar um grande conflito.
Imaginem a Vale do Rio Doce renunciar ao preço internacional do minério de ferro, internamente, sob o argumento de que o preço nas alturas, atingiria as mercadorias produzidas aqui, poderiam ser mais baratas se a Vale cobrasse o preço justo, e não o preço do mercado internacional. Vale o raciocínio para tudo o que exportamos.
É claro que uma lorota dessas não tem “nem pé nem cabeça”. Mas para o coronel do Nordeste, um mentiroso juramentado, doido para buscar votos dos ignorantes, está valendo.
Outra de suas façanhas é ir na TV e desafiar seus adversários mostrando uma segurança espantosa sobre a economia. Na verdade, são arroubos inauditos, ataques oportunistas, bravatas inconsequentes, sem eira nem beira. A continuar nesta toada, perde até os 3 ou 4% de votos consignados a ele por meia dúzia de seguidores que não enxergam o desastre de um político desses chegar ao Poder.
Felizmente, a maioria dos eleitores brasileiros é sábia, rejeita “pensadores” deste naipe, preferem o “liberalismo” do Paulo Guedes a embarcar numa aventura socialista do PDT. Sempre lembrando que os Estatutos do PDT focam na construção de uma sociedade democrática e socialista.
Tanto o PDT quanto o candidato, não dispõe de um “Projeto Brasil”, um plano de governo de como projetar o futuro do Brasil. Lembram os idos da década de 70/80 quando havia muito barulho a cerca da defesa do patrimônio público e das riquezas nacionais. Desejam estancar a espoliação colonial a que está submetido o País e reverter as perdas internacionais da nossa economia. Pretendem, também, resgatar o patrimônio público e reparação dos prejuízos e danos causados pelas concessões a grupos econômicos e pelas privatizações lesivas ao interesse público.
Minha convicção é que recepcionar estas excentricidades é uma afronta à Constituição Federal, é prestar um desserviço à democracia, aliás, um valor sempre lembrado pelos socialistas. Mas é uma fraude, eles gostam mesmo é do partido Único.
ADM DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE