FARSANTES DA DEMOCRACIA

Na década de 60/70 andavam por este imenso Brasil o que se convencionou chamar de “Mascates” indivíduos que percorriam as cidades rurais vendendo tecidos, joias, quinquilharias, entre outros.

Havia uma característica única, todos falavam um português arrastado, falho, alguns se vestiam como sua etnia – eram os “árabes” ou “libaneses”, calças largas, claras e às vezes uma bandana colorida cheia de arabescos muçulmanos. Desenvolveram uma prática, logo entendida pelos italianos de minha terra, o preço que ofereciam não era verdadeiro, depois de algumas horas de negociação, o que era 100, virava 10, e desta forma o esperto vendedor esvaziava a mala na residência onde percebia que tinha dinheiro.

Nagib, Faissal, Michel, Sabbagh, eram nome populares e faziam muito sucesso, com a ressalva dos cuidados necessários sob pena do cliente ser depenado e levar poucos produtos.

Estes homens maravilhosos que ensinaram a arte das vendas aos imigrantes de outras nacionalidades, estiveram no Sul, no Oeste, Leste e no Norte do Brasil. Ocuparam as lojas das grandes cidades, dos shoppings, entraram em outros ramos, os serviços, e alguns, na política está arte perversa de transformar os homens de bem, em escravos da corrupção.

Vem do Amazonas uma nova estirpe de “libanês”, bem falante, prepotente, tirânico, com decisões cruéis contra seus convidados e convocados,   que enxovalha o nome de seus ancestrais, usa da esperteza para enganar o povo, não trouxe a arte da negociação, mais se aproxima da cultura talibã, quer impor sua forma de comportamento e, sobretudo, pensamento político na CPI da COVID.

Chama-se Omar Aziz, é brasileiro, nasceu em Garça/SP, tem ascendência árabe, mora no Amazonas onde já foi seu Governador (2010). A população local não guarda boas lembranças da sua gestão tanto que nas eleições de 2018, foi novamente candidato ao governo do estado do Amazonas, entretanto, terminou a disputa no quarto lugar e com cerca de 8% dos votos.

Uma das acusações que lhe fazem é que surrupiou dinheiro da Secretaria da Saúde do Amazonas, terceirizando os serviços de afano para sua mulher e irmãos.

Em 19/07/2019, em operação da PF foram presos 03 irmãos do Govenador Aziz, a mulher e mais 03 PMs todos por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Aziz não foi preso graças ao foro privilegiado por ser senador. Estima-se que o rombo seja maior do que 200 milhões.

Pois bem este farsante da democracia apareceu na CPI da Covid como Presidente, coadjuvado pela arara de Macapá, senador Randolfe tendo como relator o político ranqueado em primeiríssimo lugar em processos junto ao STF, Senador Renan Calheiros.

Renan  é um velho conhecido do STF. É incompreensível como este canalha consegue se manter na linha de frente da política brasileira. Foi cassado da Presidência do senado em 04/12/2007 após denúncias comprovadas de corrupção; mais tarde em 01/12/2016, mais uma vez o STF o afastou da Presidência do Senado, decisão que conseguiu reverter junto dos togados, mas era o segundo carimbo de corruptor que as Justiça Superior lhe pespegava. Hoje parece ter conseguido uma espécie de alforria jurídica, caminha pelos corredores do Congresso como figura imaculada, virtuosa, honesta, mas, não passa de um pau de galinheiro.

Estas figuras abjetas, asquerosas, sórdidas mancham o cenário político, levam o povo a desacreditar de suas instituições e põem em risco a própria democracia. Seus lugares não deveriam ser ocupando os holofotes de uma CPI e sim, trancafiados numa das celas da Papuda.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE DO MDV

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