FLAGELO GAUCHO SOLUÇÕES PARA O BRASIL
O ESTADO BRASILEIRO É UM GRANDE EQUÍVOCO – DESCUMPRE AS REGRAS DA RACIONALIDADE ADMINISTRATIVA E ABUSA DOS ORÇAMENTOS PÚBLICOS.
Na última reunião do Conselho Superior da ACIF um conselheiro fez a pergunta que o Brasil esta fazendo: “qual a solução para o Rio Grande do Sul diante da catástrofe que atingiu 446 dos 497 municípios do estado?”
Os manifestantes trouxeram, como seria natural, várias sugestões entre elas que o Governo Federal fosse mais atuante, que a Região Sul se unisse a favor do Estado irmão, que a dívida pública do RS junto à União fosse adiada, que se intensificasse programas de investimentos para combater as enchetes, INVESTIMENTOS intensivos em infraestrutura e habitação, entre outras.
Como se vê são boas sugestões que não resolvem, na origem, os problemas.
Penso que devemos repensar o Estado Brasileiro. A tragédia, a dor, o sofrimento, nos ensina e os exemplos da catástrofe indicam que o Estado Brasileiro esta doente, é incapaz de PREVENIR as tragédias, opera, lentamente, feito uma gibóia gigante.
Foquemos a União, mas não é diferente para Estados e Municípios – são 38 ministérios, centenas de autarquias improdutivas, participação em mais de 600 empresas de economia mista, pelo menos 50 Empresas Públicas que dependem do Tesouro Nacional, milhares de imóveis espalhados pelo País. Uma lupa administrativa indicaria que a União poderia trabalhar com 13 Ministérios mais a AGU e a CGU, como aliás, operam a maioria dos Estados Liberais Desenvolvidos.
O orçamento publico Federal é um mastodonte financeiro da ordem de 2,2 trilhões. Arrecadamos muito mas gastamos mal. Temos uma predileção às despesas correntes, aquelas que desaparecem. Olvidamos os Investimentos, despesas que se transformam em renda, empregos, bem estar à população. Estima-se que pelo menos 20% de nossas Receitas “sejam transformadas em pó” desaparecem na imensidão da barriga da giboia. São pelo menos 400 bilhões que poderiam ter destinação mais nobre.
Vale observar os absurdos – a Justiça Federal se compõe de 03 segmentos e do ponto de vista orçamentário independentes entre si – Justiça Comum, Trabalhista e Eleitoral todas com orçamentos próprios, sedes próprias, salários extravagantes e agora defendendo os quinquênios; contamos com um dos Legislativos mais caros do mundo; ao focar o MEC há de tudo lá dentro, menos competência para dar rumo à educação brasileira; inexiste Plano Nacional de Segurança Pública, cujo titular do Ministério nunca andou dentro de uma viatura policial e a Saúde é um caos, liderada por uma socióloga; quanto à Defesa Civil, não obstante os eventos de Petrópolis de 2022, RS e SC de 2023, nenhum pio, não há plano algum.
É preciso uma “rebelião civil” contra este Estado balofo que consome nossas energias em proveito próprio. Não há preocupação com a eficiência administrativa, gestão profissional, estado enxuto.
Esta desordem acontece justamente porque não há gestão. Quando um País chega neste limite, sem visualizar um Plano Futuro, viramos a casa da mãe Joana, espécie de palco onde todos gritam e, aparentemente, ninguém é atendido, mas todos tem razão.
DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE