HOLOFOTES, SENTENÇAS E A FACADA NAS COSTAS

Em maio de 2007, a cidade foi impactada pelo início da Operação Moeda Verde da Polícia Federal, que se concentrou na alegada concessão irregular de Licenças Ambientais. Entre os alvos estavam vereadores, funcionários graduados e empreendimentos notáveis como o Shopping Iguatemi, Floripa Shopping, Supermercado Bistek/Pirajubaé, Costão Golf, Condomínio Vilas do Santinho, Colégio Energia de Jurerê Internacional, Hospital Vita no Bairro Santa Mônica, entre outros.

As investigações, iniciadas em maio de 2006 partiram da denúncia do Ministério Público Federal, inicialmente, focaram em irregularidades na construção do Il Campanário Villaggio Resort, em Jurerê Internacional, empreendimento de projeção internacional. O MPF questionou a autorização da Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina, sob o argumento de que a obra prejudicaria uma “nascente de água”. O Il Campanário está a 100 metros da praia, e o que os empreendedores fizeram foi reverter o curso d’água para dentro de uma sanga em sentido oposto ao mar.

Figuras proeminentes na vida empresarial, política e social da cidade foram temporariamente detidas, mas, ao longo dos 17 anos subsequentes, a Justiça em instâncias superiores, longe dos holofotes locais, tem gradativamente anulado ou arquivado os processos. Através de alguns envolvidos, fui informado sobre a revogação de sentenças condenatórias pelo STF.

Ao contemplar atualmente empreendimentos como Il Campanário, Costão do Santinho, Vila Romana, entre outros, que impulsionaram o desenvolvimento local, percebe-se que a Operação Moeda Verde, midiaticamente, foi muito maior, transformou conversas corriqueiras, algumas irresponsáveis como integrantes de esquemas criminosos, indicou quadrilhas “fantasmas” para surrupiar os recursos públicos ou atentar contra o meio ambiente, e o que se viu, tempos depois, foram empreendimentos espetaculares, que elevaram nossa cidade ao topo do turismo nacional.

Esta narrativa está colocada para confronta-la ao que se passa neste momento na cidade. Acabamos de ser apresentados a operação “Presságio” comandada pela PC cujos alvos são os ex-secretários do Meio Ambiente e do Turismo e Esporte (já afastados) e alguns servidores comissionados da Câmara. Consta, igualmente, um ex-Presidente da COMCAP todos envolvidos em fraude à licitação, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

O “imbróglio” oferece um prato farto para a oposição atacar o Prefeito e seus colaboradores. Como disse Topázio, não vamos passar o pano na cabeça de ninguém, se cometeram crimes terão que ser punidos.  

Conheço o Prefeito Topázio há pelo menos 30 anos, um empresário bem-sucedido e representante da comunidade, conhecido por sua integridade. É surpreendente que assessores próximos, nas sombras, tramem uma traição tão desonesta, tentando apunhalar o Prefeito pelas costas.

Estou atento ao desenrolar dos acontecimentos com expectativa. Espero que não estejamos revivendo a situação da Operação Moeda Verde, onde o alarde inicial deu lugar a constatações de exageros e equívocos. A confiança na justiça e na verdade dos fatos é essencial neste momento.

Adm. Dilvo Vicente Tirloni Presidente

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