MATA PAU DA POLÍTICA

Segundo os botânicos, o “mata-pau” é uma espécie de “arvore facínora” que se comporta como “estranguladora”, vive sobre outra, até que suas raízes alcancem o solo. Neste momento, as raízes começam a engrossar, se enroscam na árvore hospedeira até o “sufocamento”, até a morte. A hospedeira acaba virando um amontoado de “pau podre”.

Monteiro Lobato descreveu bem a origem do “mata-pau”, enxergando-a como a “arvore que mata a outra”. Começa com uns fiapinhos escorridos para o solo, sem maiores pretensões, até alcançar a terra, vira a pegar a água, a parasita cria folego, os fiapos vão engrossando até matar a hospedeira. A árvore-mãe não desconfia de nada, não se precata, só quando os fiapos engrossam é que sente a dor do aperto, mas aí já é tarde.

Quem são os “mata-paus” da política brasileira?

Vamos dissecar este que é, seguramente, o maior problema do Brasil. Nossa formação política é uma tragédia, achamos que “é tudo farinha do mesmo saco” não distinguimos um liberal de um socialista. E vamos admitir, não são só os eleitores, são os próprios atores da cena partidária.

Há no Brasil nada menos do que 33 partidos políticos registrados no TSE. Destes 12 podem ser identificados como socialistas, marxistas, leninistas, embora todos neguem, e ao contrário, se dizem a favor da construção de uma sociedade democrática. É preciso usar o dicionário da história para explicar “o que seja uma sociedade socialista e democrática”.

Cuba por exemplo, se diz democrática, estampa em sua bandeira o triângulo equilátero que representa os ideais iluministas da revolução francesa – liberdade, igualdade e fraternidade. Antes da unificação (1989) a Alemanha Oriental se autodenominava, República Democrática Alemã, todos os países componentes do bloco da antiga União Soviética, se apresentavam como “democratas”, mas no fundo, todos eram ditaduras cruéis.

Os outros 20 partidos, a começar pelo maior, o PSL que, curiosamente, traz o “liberal” no nome, também não sabem responder qual o campo político de atuação, SALVO AS HONROSAS EXCEÇÕES. Como não há doutrina a ser seguida, os liberais, operam em “bandos” cada qual deseja chegar ao poder não para resolver os problemas do país, da população, e sim para atender os interesses particulares desses grupos. Neste sentido, praticam acordos “excêntricos” como juntar PSL+PT, MDB+PCB, DEM+PDT, PSOL+PRP e tantas outras variantes que é impossível numerá-las. É o que podemos chamar da união de jacaré com cobra d’água.

Há “mata-paus” nos dois campos da política, mas, até entre os piores, é possível fazer uma escala de valores e neste sentido, os socialistas, fulguram no topo da lista. Operam à socapa, dissimulados, ocultam os verdadeiros objetivos, e os ‘bananas” liberais, acreditam em suas teses. Não se precatam, como diria Lobato.

O Brasil por ser grande e rico, vem suportando as sapatadas de nossos políticos, mas, há limites. O País não suportaria um novo Governo Socialista agora que as portas estão escancaradas, Lula já disse controlaria a mídia, interveria na Petrobrás, faria acordos de cooperação com a China, para que esta indicasse os caminhos do Partido Único.

Presumo que hoje o Brasil já sabe o que não quer, pelo menos, se usar o retrovisor. Os socialistas quando estiveram no poder, além de incompetentes, botaram a “mão na botija”, surrupiaram até a raspa do tacho. Roubaram todas as Estatais, os bancos oficiais, as autarquias, os fundos de pensão, os aposentados.

Verdadeiros ‘mata-paus” asfixiaram o Brasil, quase fomos à lona. Não acredito que o povo queira o retorno dessas “geringonças”.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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