MELHOR DEMOCRACIA DO MUNDO

As melhores democracias do mundo estão nos países escandinavos, Noruega, Islândia, Suécia, Finlândia, mas, a mãe de todas as democracias é a Inglaterra. Este extraordinário sistema de poder, nasceu na Grã-Bretanha, por volta do século XVII, mais precisamente, em 1688, quando os ingleses, derrubaram a monarquia absolutista local, modelo que imperava em toda a Europa. A Revolução francesa viria 101 anos depois. Montesquieu ficou com a fama do Regime Tripartite (Executivo, Legislativo e Judiciário) mas foram os ingleses, os seus criadores.

Mesmo no tempo do absolutismo os ingleses já conheciam o que era “Parlamento”, que reunia os representantes das várias partes da Inglaterra. Após várias escaramuças internas, finalmente, em 1688, após uma revolução, que a denominaram de “Gloriosa”, finalmente, instituíram a Monarquia Constitucional.

Os ingleses, sempre sábios em política, logo identificaram que o modelo deveria comportar um estamento de caráter perpétuo, intocável, quase divino, que não errava nunca, mas, limitado constitucionalmente, com poderes simbólicos, seria o chefe de Estado.

Já uma segunda instância, que caberia a gestão do Estado, seria ocupada pelo Primeiro Ministro, alguém indicado pelo Parlamento e aceito pelo rei. Neste caso os erros políticos seriam debitados ao primeiro ministro, nunca ao monarca. Tem origem neste modelo a frase de que o “rei reina, mas não governa”. O regime inglês opera de forma permanente, há mais de 300 anos.

Nesta época operavam dois partidos políticos que mais tarde vieram a desembocar nos dois partidos que se alternam no poder – os tories, de linha conservadora e o Whings que se transformaram no atual Labour Party.

As democracias espalhadas pelo mundo sofreram ao longo do tempo as influências de vários pensadores, mas, seguramente, o mais influente, para contestar o ambiente capitalista surgido a partir da revolução industrial (1760 em diante) foi Marx.

Segundo a doutrina comunista, é preciso conter os arroubos burgueses, a exploração dos trabalhadores, combater a opressão imposta pelo desejo do lucro (mais valia). Na Europa nos idos de 1900/1945, 9 entre 10 acadêmicos se filiavam à doutrina socialista. Muitos professores tiveram que fugir para os USA (Mises, Hayek) sob pena de serem presos e fuzilados.

A Inglaterra sobreviveu a tudo isso, não obstante o Labour Party recepcionar muitos destes valores.  

Em 1979 assumiu o governo da Inglaterra Margareth Thatcher que viria a ser a primeira ministra por 11 longos anos. Thatcher pertencia ao Partido Conservador cuja doutrina defendida era o liberalismo de raiz. A Inglaterra vinha sendo “destruída” por políticas sindicalistas muito próximas do socialismo, o País estava em frangalhos, já não conseguia competir com os grandes da Europa. Os serviços públicos (aéreos, ferroviários, bancos, portos, aeroportos, entre outros) tinham todos sido “socializados”, estavam na mão dos sindicatos, do Labour Party, baseado na socialdemocracia (está também uma fraude política).

Há boas frase para retratar o Governo de Thatcher, mas uma delas que repetia com muita insistência –  “O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros”. Em seus discursos deixava claro o que queria: “Deixe-me dizer em que acredito: no direito do homem de trabalhar como quiser, de gastar o que ganha, de ser dono de suas propriedades e de ter o Estado para lhe servir e não como seu dono. Essa é a essência de um país livre, e dessas liberdades dependem todas as outras”.

Com base na doutrina liberal passou a desenvolver um forte programa de privatizações sob intensa bateria de críticas, todos, desmoralizados pelo sucesso de suas ações. O que podia ser privatizado fez parte do programa. Quando entregou o Governo a Inglaterra surfava em uma economia pujante, livre das amarras socialistas e sindicais. Foi o momento de os críticos construírem, pejorativamente, um novo vocábulo – o “neoliberalismo” –  significando as ações privatizantes e suas extraordinárias agências reguladoras.

Mais uma vez os ingleses através desta mulher maravilhosa, a “Dama de Ferro”, nos ensinaram o caminho do progresso, do desenvolvimento econômico e social.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE

NOTA:

Este modesto escriba se filia à corrente que defende o Parlamentarismo como o melhor Regime de Governo. No Parlamentarismo, uma crise de Governo é resolvida pelo entendimento, pelas negociações, ou então o governo, cai. Isto permite um “colchão político” capaz de amortecer as crises, de se evitar conflitos sociais graves.

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