O LIBERAL E O SOCIALISTA

“NÃO PISE EM MIM” DIZIAM OS REVOLUCIONÁRIOS DE PHILADÉLFIA 1776

O socialista passa em frente a uma obra quase terminada na Avenida Trompowsky, centro de Floripa e avisa o seu interlocutor – “sempre fui contra estes edifícios altos, predadores do meio ambiente, que enriquecem meia dúzia de aproveitadores, você já pensou quantas pessoas poderiam ser alimentadas pelo dinheiro que esse cara ganhou neste empreendimento? ”.

Por sorte o amigo era um liberal convicto.

Bem, você não está examinando todos os ângulos da questão. Em primeiro lugar todos os edifícios feitos por construtoras se submetem ao exame das licenças ambientais, cumprem dezenas de normas técnicas, Código de Obras, Plano Diretor, Código de Posturas, ao contrário dos invasores de margens ciliares e loteamentos clandestinos. Onde você leu que edifícios altos poluem o meio ambiente? Ao contrário, liberam mais espaço para a permeabilização do solo. Rubens Pecci o grande arquiteto argentino de fama internacional nos ensinou que Floripa tem que abraçar a verticalidade, única forma de recepcionar em seu futuro os milhares de pessoas previstas. Seremos 1 milhão daqui a 20 anos.

Aos fatos: O proprietário do imóvel vendeu o terreno por uma grana, era de uma família classe média, os herdeiros ficaram bem de vida de um dia para o outro.  Passaram a comprar novos bens duráveis, novas roupas, o comércio agradeceu.

Mas não foi só isso. A roda da fortuna foi acionada quando chamaram uma empresa de demolições para fazer a limpeza do terreno e remover os escombros da construção. Em seguida dezenas de técnicos de nível médio e superior entraram na parada para formatarem os projetos que em seguida demandaram outros analistas públicos para saber se tudo estava de acordo com as leis municipais. Iniciadas as escavações, outras empresas especializadas foram contratadas, que exigiram dezenas de empregados para fazer estas fundações. Mas não foi só isso.

Quando os engenheiros da obra deram início aos baldrames, novas contratações e após, dezenas de outros empregados chegaram para erguer o prédio. Carretas de ferro, de madeira, caminhões de cimenteiras, cujas atividades estavam localizadas longe da obra, foram acionadas num trepidar frenético de ações com milhares de empregados diretos e indiretos.

Se você meu caro amigo pensa que isso é pouco vamos a outros dados. As tubulações de água e esgoto, de ar condicionado, de gás, também longe do edifício garantiram milhares de empregos. As olarias, as cerâmicas também agradeceram a iniciativa do empreendedor. E o que dizer dos acabamentos – pisos, azulejos, janelas e portas de alumínio, Deus do céu, são muitos empregados nisso tudo, fora os transportadores.

Agora que o prédio está pronto vem outra etapa que movimenta o comércio, gerando por sua vez muita renda, empregos e impostos. É que todas as unidades precisam de eletrodomésticos, cortinas, tapetes, móveis, tudo enfim o que precisamos para morar. Serão centenas de profissionais, pequenas empresas, que serão acionadas.  Você pensa que terminou?

Prédio pronto, morador dentro dele vem agora algo que poucos enxergam – a Prefeitura se torna sócia perpétua através do IPTU com pelo menos 2% ao ano do valor do apto, significando dizer que em 50 anos a PMF “ganhou” um prédio inteiro, e, então, o ciclo se renova.  Fora o fato de que a energia, a água, o gás vai alimentar outra cadeia de empresas como a CELESC, a CASAN, a SC Gás, Segurança, e os serviços essenciais a um condomínio.  Tudo isso meu amigo, pagando os respectivos impostos.

Vocês socialistas são contra os empresários, os idealizadores deste fenômeno chamado economia de mercado, que gera o lucro, justo ele que movimenta a economia, a “mão invisível” que deixa o país mais rico, que faz girar a roda da riqueza. Por isso que CUBA não anda, parou em 1959, muitos estão fugindo da Venezuela e mais recentemente, a antes pujante Argentina, em frangalhos.

Vocês devem deixar de lado estes preconceitos tolos de que o capitalismo só enriquece um lado. Todos saem ganhando. Por aqui meu caro amigo nossa cidade poderia ser bem melhor se não contássemos com tantos preconceitos, com tantos socialistas ignorantes via de regra, contra os investidores, como aconteceu com vários projetos e, notavelmente, a Ponta do Coral. Quero lembra-lo que todos os grandes empreendimentos de Floripa, a contar do Jurere Internacional, Costão do Santinho, Shoppings, entre outros, foram objeto de ações paralisantes e, só prosperaram, graças à fibra de seus idealizadores. Penso que você deveria rever seus conceitos. Cheguei ao meu endereço, grato pela companhia, um abraço.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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