PERFIL DO NOVO PREFEITO

Mesmo em tempos de pandemia é possível algum tipo de debate, pelo menos em família, sobre o futuro da cidade. O papo rolava solto entre alguns goles de vinho chileno enquanto se aguardava o delicioso prato de “spaghetti com frango ensopado”, até que alguém, inadvertidamente, levantou a questão “quem será o futuro prefeito”.

As opiniões divergiram como era de esperar. Uns louvaram a excelente administração de Gean Loureiro, outros, as qualidades de Ângela Amin, a experiência privada de Hélio Barrios, a jovialidade de Pedrão quando alguém levantou outra questão – pera aí, e se o Élson Pereira surpreender e ganhar as eleições? Quem é Élson, de onde vem, o que faz, foram as indagações.

Nestes momentos é preciso experiência para acalmar os mais jovens. Levanta-se o avô do fundo da sala e claramente, adverte que as escolhas, devem ser bem-feitas e levar em conta não só a figura biográfica do candidato, mas a que grupo político, ideológico pertence. E deu então a sua receita:

  1. Independentemente de ser homem ou mulher (um gaiato inseriu – pode ser outro gênero? Irritando o avô) o candidato deve guardar estrita observância à ideologia e só existem duas – ou você professa o liberalismo (que muitos chamam de direita) ou você abraça o socialismo (que muitos chamam de esquerda). No Brasil nunca demos muita importância a isso, mas o Bolsonaro nos ensinou que existem os dois grupos, e quase fomos traídos pelo socialismo/marxismo/leninismo/stalinismo/maoísmo. O primeiro opera na liberdade, defende a democracia, a propriedade privada, os direitos individuais, o livre mercado, a vida. Já no socialismo estes valores não são respeitados pelos Governantes. Basta ver Cuba, Coreia do Norte, a China. Lá não são países, são “campos de concentração”, se o povo pudesse sair, voaria na mesma hora justamente, para os USA, a antítese de todas as mazelas socialistas.
  2. Em seguida fez uma advertência – no Brasil os socialistas são bem instruídos,  (Elson, PSOL, é professor da UFSC) conhecem a doutrina marxista, os centros de Poder recebem instruções do PC Internacional, sabem o que querem, não tem pressa. São 12 partidos registrados no TSE. Já nossos liberais (23 partidos) são “analfabetos políticos”, são de fancaria, acham que é tudo farinha do mesmo saco. Roberto Campos dizia que essa gente sequer sabe o que é capitalismo, quem dirá, liberalismo. Nossos liberais são libertários “na política”, mas intervencionistas, na prática. Adoram uma CASAN, uma COMCAP para chamar de sua, indicar cabos eleitorais nas Secretarias, tomar de assalto os cofres públicos pela mão grande do dirigente, ou pela forma indireta das isenções fiscais. Estas pragas indicam a imaturidade pública dos eleitos, os “gafanhotos” da sociedade, o grande perigo que representam contra a população.
  3. Surgiu então a questão da biografia dos candidatos. Nestes casos, disse, é bom sempre lembrar que a formação acadêmica é benvinda. Sem faculdade já é difícil de entender os meandros da Gestão Pública, imaginem, disse, sem faculdade. É bom ver o que o candidato registrou junto do TRE. E se o Tribunal registrou o candidato esqueçam as críticas sobre se ele é ladrão de hoje ou de ontem, por lá a legislação é cumprida à risca. A lei da ficha suja, funciona. Uma qualidade indispensável é a firmeza das decisões e bom diálogo com a sociedade.
  4. Cumprida esta etapa é sempre bom ver a vida profissional do candidato, o que já fez, se entende da vida pública, quais suas atividades na área. É sempre melhor optar pela experiência, por quem já foi testado na gestão pública ou privada. Não é fácil gerenciar uma organização seja de que tipo for. Lembrem-se, disse, que Floripa é a maior Empresa local. Quem nunca dirigiu ou gerenciou organizações encontrará mais dificuldades para administrar a cidade.
  5. Finalmente, alertou, examinem o seu Plano de Governo – na opinião “del nono” 4 eixos principais: 1. Administração Pública, aumentar a aplicação dos Recursos de capital               (Investimentos) para 25% das Receitas; 2. Empregos,  com fortes estímulos à construção civil; 3. Mobilidade urbana com inserção do Transporte Marítimo e 4. Proteção ao Meio Ambiente com redução dos passivos ambientais.

Não se deixem iludir pela bondade, pelo altruísmo dos candidatos, pelo seu espírito de abnegação ao próximo, pelo desprendimento pessoal às pessoas. São qualidades pessoais inegáveis, todos dirão isso, mas pouco vão adiantar na solução dos problemas.

Como as panelas chegaram a conversa foi interrompida para logo depois do café.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE DO MDV

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