PORQUE A CHINA VAI DOMINAR O MUNDO
Lembro dos bons tempos acadêmicos quando cursava HISTÓRIA na UFSC. Contava com bons professores e um deles a notável Osvaldina Cabral nos ensinava porque houve a derrocada Império Romano.
Ninguém vai a Roma sem visitar o Vaticano, uma obra faraônica que começou justamente enquanto se descobria o Brasil, por volta de 1506. Em 1512 estava pronta já com os afrescos de Michelangelo. Passear pelas alamedas internas e ver as maravilhas da pintura medieval, é um colírio para os olhos, surpreende pela exuberância das cores e sobretudo pela criatividade de seus autores.
A 4 km do Vaticano, outra visita obrigatória – conhecer o Fórum Romano, ao lado de outra monumental obra, o Coliseo. A magnitude do Estádio e a grandeza do Fórum Romano, nos leva a uma imediata comparação – como foi possível, há 2000 anos ATRÁS, 1500 DO INCÍCIO da construção do Vaticano, os Romanos terem erguido tanto o Estádio quanto o Fórum Romano? Saõ colunas de mármore gigantescas, cuidadosamente, “polidas”, decoradas, são enigmas que até hoje a Engenharia Moderna busca explicações.
Esta narrativa histórica é para informar a grandeza do Império Romano a ponto de ser conhecido pelos seus dois polos – o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente, este com sede em Constantinopla, na Turquia.
E então vem a pergunta? Porque um império tão gigantesco, monumental, tenha sido destruído por outros povos com menos poder (visigodos, ostrogodos entre eles Odoacro – vinham todos do interior da Europa) a ponto de não sobrar “pedra sobre pedra” das monumentais obras do Império.
São citados como causa a extensão do Império, o enfraquecimento do poder militar, problemas econômicos, mas sobretudo, a instabilidade política originada pela fraqueza moral dos Governantes que passaram a conviver, por anos, com a devassidão, a depravação dos costumes, a libertinagem, a licenciosidade. E este comportamento atingiu as Forças Romanas, seus generais superiores e o oficialato.
A China e a maioria dos asiáticos mantêm fé inquebrantável nos usos e costumes, notadamente, respeito às autoridades, aos pais e aos mais velhos. A ordem e disciplina são valores respeitados, na escola, nas fábricas na sociedade em geral.
A Abertura Econômica da China (República Popular da China) ocorreu a partir de 1976, quando Mao Tse-Tung morreu e Deng Xiaoping conquistou o poder político, pouco menos de 50 anos. Neste piscar de olho a China passou de país subdesenvolvido para a segunda maior nação do mundo e segue triunfante para ocupar o primeiro lugar.
A China virou a pátria do capitalismo – que por sua vez exige ordem, disciplina e respeito aos contratos – lá a prioridade é a parceria entre o capital privado e o governo. Nada atrapalha seus planos, não há Ministério Público nem Justiça para paralisar obras ou ameaçar Licenças Ambientais. Todos os vizinhos copiaram o modelo.
Enquanto isso o Ocidente democrático, comandado por Governos corruptos, moralmente, fragilizados, defendendo “teorias libertadoras” dos direitos humanos individuais e de minorias, caminha em direção ao abismo. O liberaismo social (direitos humanos) e o liberalismo político (democracia) afrontados na China, também exigem ordem e disciplina, oimpicamente, olvidados.
É o mesmo modelo visto nos tempos romanos.
ADM. DILVO VICENTE TIRLONI