RACISMO ESTRUTURAL – A ILUSÃO DAS QUOTAS RACIAIS

Desde que os socialistas ascenderam ao poder (2003/2014) passaram a dividir o Brasil entre o “ELES e NÓS”, entre “Nordestinos e Sulinos”, entre “Pretos e Brancos”, recepcionando as minorias como maiorias, entre estas o movimento LGBTQIA+, criando toda a sorte de antagonismos e como era de se esperar, conflitos sociais por toda a parte.

Houve radicalização de lado a lado, as Redes Sociais se encarregaram de exaltar este ou aquele grupo, condenando outros, e os oportunistas socialistas logo foram divulgando que no Brasil, desde Mem de Sá, opera-se de forma sorrateira o “Racismo Estrutural”, doutrina segundo a qual a discriminação esta enraizada no meio da sociedade, ela pode se apresentar de forma individual ou Institucional.

Correntes deste movimento estão no momento tentando mudar os dicionários, expurgando algumas palavras como “denegrir” “mulata” ou então expressões como “lista negra”, “mercado negro” e o incrível “criado mudo”.

Surgiram vários livros tratando do assunto, milhares de artigos, entrevistas em TV, todos condenando o Racismo convictos de que a supremacia branca está presente em nossa sociedade, que é necessário endurecer as leis, como de fato ocorreu, onde uma ofensa verbal pode render anos de cadeia.

Mas o poder político destas teorias foi mais longe, a fim de minorar as injustiças o Congresso Nacional aprovou leis sobre quotas raciais reservando vagas em instituições públicas ou privadas para grupos específicos classificados por etnias, na maioria das vezes, negros e indígenas. Recentemente, foi fundado o Mover (Movimento pela Equidade Racial), uma ONG voltada a acabar com o “racismo estrutural” e composta de 47 Grandes Empresas Nacionais cujo foco é contratar mais CEOs negros.

Mas ao se verificar o que acontece nas matriculas do ensino Superior as surpresas são grandes. Segundo Relatório do INEP de 2019, as etnias, no Brasil, quanto ao ensino universitário estão na seguinte posição:

ETNIASMATRICULAS% Publicas%
Branca3.658.64442,53840.11540,39
Preta613.1997,12197.1179,47
Parda2.668.92031,04685.86032,99
Amarela147.9911,7239.2761,88
Indígena56.2570,6515.8370,76
Não Dispõem da Informação14.3550,1611.2530,54
Não Declarado1.444.45816,78290.68813,97
Total8.603.824100,002.080.146100,00

Como se verifica a etnia branca é minoria, apenas 42,53% das matriculas são ocupadas por brancos nas Universidades brasileiras, públicas ou privadas. Vale ressaltar que a soma de matriculas nas universidades públicas é da ordem de 2,08 milhões, e os brancos ocupam 40,39% das vagas. Portanto, há que se fazer o debate diante destes números não por paixões políticas extremadas, invocando, em muitos casos, o “martírio” dos negros e indígenas, ainda que seja meritório a defesa das desigualdades.

A pobreza entre nós é secular e ela nos conduz a outra miséria social, a baixa escolarização do ensino Básico. É aqui que mora o perigo de nossa sociedade. A discriminação no Brasil é social, não racial. Segundo o INEP em 2020 estavam matriculados 47,29 milhões de crianças a maioria nas escolas públicas. Com raras exceções nossas escolas públicas apresentam-se com inúmeros problemas – o transporte escolar é precário, a merenda escolar ainda não é universal e de boa qualidade, os imóveis revelam baixa manutenção, ausência de ar condicionado, poucas bibliotecas, material escolar insuficiente, professores mal remunerados e em muitas escolas, inexistentes. Tudo isso nos leva a um abismo de ineficiência que afeta o rendimento escolar. Produzimos analfabetos funcionais, aos montes.

Enquanto isso, o MEC recepciona 100 bilhões, dos quais 60 bilhões, para as Universidades públicas. Estes 60 bi, são para atender 1,33 milhões de alunos das Universidades federais. É a maior concentração de renda do País. De acordo com o artigo 206 da CF todos os estabelecimentos de educação pública devem ser gratuitos. Mas é um equívoco, de graça e universais deveriam ser as creches e a educação básica.

Caso o Congresso Nacional aprovasse uma Reforma Universitária impondo mensalidade às Universidades Federais/Estaduais, os recursos economizados poderiam ser destinados à escola primária e no tocante ao ensino médio, preferencialmente, às Escolas Técnicas. Seria uma revolução, o Brasil sairia de sua condição subdesenvolvida para se alçar aos níveis escandinavos de eficiência. É que sem recursos, a Educação Básica não avança.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE

NOTA: Segundo o IBGE, a palavra “Pardo” é usada para indicar brasileiros de diversas ascendências étnicas, como: mulatos (descendentes de brancos e negros); caboclo, (brancos com índios); cafuza ou caboré (negros com indígenas) e mestiços (duas ou mais etnias na “família).

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