TRANSFORMANDO FLORIPA FIAÇÕES

FIAÇÕES AÉREAS O DESCASO COM O VISUAL URBANO

A fiação subterrânea representa uma abordagem moderna e segura na infraestrutura urbana, contrastando significativamente com o método tradicional de fiação aérea. Nesse sistema, ao invés de suspender os cabos entre postes, eles são instalados em dutos enterrados ao longo das vias, tornando-se invisíveis aos olhares e mais protegidos contra as intempéries, como ventos fortes. Esse método não só oferece uma visão esteticamente mais agradável das ruas, eliminando o emaranhado de fios que costuma caracterizar a paisagem urbana, mas também reduz significativamente os riscos associados à exposição dos fios, como apagões frequentes, danos por descargas elétricas e o perigo de acidentes com raios.

A implementação da fiação subterrânea, no entanto, vem com um preço consideravelmente mais alto em comparação com a fiação aérea. Enquanto a instalação da rede aérea pode custar cerca de R$ 30 mil por quilômetro, a construção de uma rede subterrânea pode chegar a um custo dez vezes maior, cerca de R$ 300 mil por quilômetro. Esse custo elevado faz com que a adoção da fiação subterrânea seja menos comum e geralmente limitada a áreas específicas que buscam melhorar a estética urbana e aumentar a segurança pública.

Apesar do custo elevado, a fiação subterrânea traz benefícios inegáveis para o ambiente urbano. A remoção dos cabos contribui para uma paisagem mais limpa e menos poluída visualmente. Além disso, ao enterrar os cabos, reduz-se a probabilidade de interrupções no fornecimento de energia devido a problemas externos, contribuindo para uma rede elétrica mais estável e confiável. Ademais, a segurança dos pedestres é significativamente melhorada, uma vez que o risco de acidentes elétricos causados por fios expostos é praticamente eliminado.

No Brasil, a prática de enterrar fios não é nova. Exemplos históricos incluem o Rio de Janeiro, onde os primeiros cabos subterrâneos foram instalados entre 1905 e 1909 durante a modernização da cidade sob o governo de Pereira Passos. Outras cidades, como São Paulo e Curitiba, também adotaram essa abordagem, especialmente em áreas centrais e de grande importância estética e funcional. Em Floripa a Rua Felipe Schmidt, Beira Mar Norte e Continental, são exemplos destas inovações. Esses projetos demonstram o compromisso contínuo com a melhoria da infraestrutura urbana e a qualidade de vida nas cidades brasileiras, apesar dos altos custos envolvidos.

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