UNIVERSIDADE DO CRIME

A preocupação com a gestão pública em especial o cuidado com os recursos não é nova. D. Pedro II, alertava seu Conselho de Ministros que “Despesa inútil é furto à Nação” acrescentando “Enquanto se puder reduzir a despesa, não há direito de criar novos impostos”.

Rui Barbosa, em 17/12/1914, 25 anos após a proclamação da República e indignado com o que se passava no País, ao defender o Caso Satélite, (chacina de presos) proferiu um afirmativo discurso sobre a condenação do crime “organizado” que se aplica até os nossos dias “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Brasília foi construída sob a desconfiança da corrupção. Dizem que um caminhão carregado de cimento entrava por uma das cancelas frontais, saia pelo portão lateral, retornando, novamente, para nova contabilização.

Uma das razões do Movimento de 1964, além de rejeitar o comunismo internacional prestes a tomar o poder, tinha como outros argumentos, a corrupção desenfreada que acometia o País.

FHC, em 1997, foi denunciado por ter “negociado com o Congresso” utilizando-se de “taxas de 200 mil para alguns deputados” para aprovação de PEC e permitir a sua reeleição.

Veio, finalmente, a era PT. O que parecia “grupos escolares e escolas isoladas” de corrupção virou uma verdadeira Universidade do Crime, Lula à frente como o Magnifico Reitor das unidades federais e “doutor honoris causa” nos Estados. Atentaram contra todos os crimes previstos da Administração pública, capitulados no Código Penal.

O Mensalão foi a primeiro “start” onde foram denunciados pelo menos 40 corruptos entre políticos, empresários, banqueiros e funcionários públicos, envolvendo diversos crimes como corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, entre outros. Estão todos soltos.

Apesar do Mensalão (junho de 2005), com todas as evidências do roubo praticado, Lula se elegeu em outubro de 2006. Fez mais, elegeu em seguida, sua sucessora Dilma Roussef, confirmando, não é de hoje, que no Brasil, roubar recursos públicos mais que compensa, é uma prática do conglomerado partidário que comanda o País para benefícios próprios.

O Pós-graduação, nível de PhD se deu com a operação Lava Jato (2014), um prodígio jurídico com mais de 1000 mandados de busca e apreensão, prisão temporária, prisão preventiva, condução coercitiva, em pelo menos 80 fases operacionais. Estimam-se prejuízos só à Petrobras da ordem de 18 bilhões. Foram condenadas mais de 100 pessoas entre elas o próprio “Reitor”, todavia, o STF, guardião da CF, da aplicação do Código Penal, decidiu pelo fim da Operação. Foi uma afronta contra o povo brasileiro, contra o Estado Democrático de Direito. Todos os criminosos estão soltos, inclusive, o Governador Cabral com 425 anos de condenação.

Vale ressaltar que o “processo” destas afrontas não terminou. Lula, agora está resgatando os criminosos, e, pelo menos até agora, dos 37 ministérios divulgados, 23 indicados tem problemas com os MPF e MPE.

Os leigos se perguntam para que servem as leis? Para que serve o Código Penal? Para que serve, afinal o STF? a Justiça no Brasil?

Vale repetir a recomendação de Rui no seu famoso discurso, Oração aos Moços “Não vos mistureis com os togados, que contraíram a doença de achar sempre razão ao Estado, ao Governo, à Fazenda (eu acrescentaria ao PT&Cia.) e aduzia, dogmaticamente, “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer.”

De se imaginar o que diria o grande tribuno diante das atrocidades jurídicas cometidas por Ministros do TSE ou do STF, especialmente, oficializando o crime organizado no Brasil.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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