2. ESTRUTURA ORGÂNICA SOBERANIA POPULAR –

DA SÉRIE – QUE CIDADE VOCE ESPERA PARA O FUTURO

É comum ver políticos alardearem que defendem a democracia, a soberania popular. Do palanque eleitoral para a realidade da gestão há um abismo a ser percorrido. Neste texto vamos exibir as inconsistências da gestão pública frente ao que dizem seus atores eleitos.

Floripa tem área total de 675,4 km2, uma população estimada de 501 mil habitantes (2020) o que equivale a 741,7 habitantes por km2. Tem um IDH de 0,847, o 3º do Brasil, um PIB per capita de R$40.162,00 por habitante e 64% de sua população tem algum emprego formal. Em tese, diante destes números, é um bom desempenho.

Floripa pode ser a Singapura dos trópicos depende de determinação política capaz de afastar as forças do atraso que sempre atentas e contrárias às inovações desejam paralisar a cidade. Vale sempre registrar que há fartos exemplos destas atitudes obsoletas – Costão do Santinho, Shopping Floripa, Shopping Iguatemi, SOScardio, Il Campanário, sem falar dois dos melhores projetos da cidade a Ponta do Coral e o Aeroparque Ratones, por ora, inviabilizados.

As forças do atraso juntamente com os liberais de fancaria não só criam dificuldades no campo dos investimentos, estão sempre de olho, na Estrutura Orgânica da Prefeitura ou seja, nas Secretarias, Órgãos, Autarquias e Empresas fora os infindáveis “cargos de Assessoria”, maioria das vezes inutilidades administrativas mas que atendem os interesses dos cabos eleitorais do grupo político que se alçou ao poder.

Teoricamente, deveriam estar preocupados com a racionalidade administrativa, com o futuro da cidade, com os projetos de investimentos, na verdade, pressionam o tempo todo para a criação de mais cargos e adoram uma “nova estrutura, uma nova entidade”.

Mas afinal qual deveria ser o “Organograma Ideal” de um Prefeitura do tamanho de Floripa?

O que parece ser uma resposta difícil é facilmente resolvida pelos manuais de administração. A Prefeitura Municipal nada mais é do que uma grande empresa e como tal deveria obedecer postulados racionais da Administração – um Gabinete do Prefeito, e suas principais Secretarias – Administração (Finanças, RH e Aposentadorias), Desenvolvimento Social (proteção social), Desenvolvimento Econômico (relações com o PIB), Educação, Saúde, Segurança, Infraestrutura (energia, comunicações, habitação, saneamento, transportes e equipamentos comunitários). Pode-se acrescentar para os efeitos de dinâmica e rapidez nas decisões autarquias na área do Planejamento (IPUF), Esportes, Cultura e Meio Ambiente. Mais do que isso só com muita argumentação.

Compulsando o Portal da PMF observa-se uma profusão de órgãos, cargos, alguns superpostos como por exemplo – Secretaria da Cultura com FFC. Há Diretores e Gerentes por todos os lados, assessores, todos regiamente pagos. O dinheiro que vai para estes atalhos vai faltar para os Investimentos.

O foco de qualquer consultor nestes casos seria recomendar que uma boa gestão evoluísse dos atuais 7,5% de gastos em Investimentos para algo próximo de 25%. Possivelmente, não seria exequível em apenas um exercício, mas durante 4 anos seria, absolutamente, possível. Todos os esforços deveriam ter como balizamento este objetivo. Seria uma conquista e tanto.

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