BOLSONARO É EXTREMA DIREITA?

“BOLSONARO É EXTREMA DIREITA, LULA É EXTRREMA ESQUERDA, DÓRIA É DE CENTRO, AMOEDA É UM “POUQUINHO MAIS A DIREITA” “ALKIMIN MAIS A ESQUERDA DE DÓRIA”.

É assim que a imprensa vende as imagens de nossos políticos. Ninguém sabe o que isto representa. É uma confusão sem fim. Poucos conhecem as doutrinas, feito papagaios repetem o que ouvem.

A primeira crítica que se possa fazer a estes conceitos é que são boas referências para orientação das ruas e avenidas de nossas cidades. Como sinal de trânsito são aceitáveis, para explicar a política, não.

O liberalismo que era desconhecido até meados de 14/07/1789 (até então se conhecia o absolutismo dos monarcas) foi criado pelos iluministas Montesquieu, Voltaire, John Locke, Rousseau, Quesnay, Adam Smith, entre outros, cujos fundamentos eram claros – defesa da vida, defesa das garantias individuais e coletivas, defesa da propriedade privada, do livre mercado e da democracia. Mais tarde na década de 1980 até criaram um novo vocábulo “neoliberalismo”, mas era mais do mesmo.

A Revolução Francesa foi feita em cima destes valores. Desde então nunca mudaram, não obstante, ter havido muita controvérsia, a partir das obras de Marx. Para entender as bobagens que se produzem na imprensa nos dias atuais é preciso remontar à Europa entre 1900/1945. Não havia um só intelectual que defendesse o recém-chegado “capitalismo” cujos primórdios mostraram que os empresários estavam mais preocupados com seus lucros do que com a saúde do trabalhador.

Intelectuais como Von Mises, Von Hayek, se viram obrigados a fugir da Áustria para os USA sob pena de encaminhamento a um campo de concentração. Vale dizer que Nazismo, Fascismo e Socialismo tem o mesmo pano de fundo – os conselhos marxistas, engelianos, cuja “seita” denominaram de “socialismo científico”.

Esta expressão conferia a seus autores a necessária credibilidade moral e intelectual dentro das “academias” para se referir ao capitalismo como um método de produção opressor, desumano, bárbaro. Era preciso aperfeiçoar a imagem da crueldade, da selvageria dentro das fábricas, da truculência do “Tio Sam” e com a ajuda dos PCS, o fizeram com maestria.  

Faltava um dado da realidade, era preciso comprovar na prática as virtudes do novo modelo – o socialismo científico – para isso havia um bom quadro, LENIN que se dispôs a ir a Moscou, derrubar a monarquia e a seguir implantar o novo modelo.

Segundo a propaganda do farsante PC russo, a URSS havia se transformado em um Paraíso. Na verdade, enquanto perdurou a ditadura de Stalin foram dizimados mais de 60 milhões de russos em nome da doutrina. O modelo se mostrou inviável posto agredir uma norma natural do mercado – a lei da oferta e da procura ou ampliando os conhecimentos, a Teoria dos Preços vindo a desaparecer em 1989.  Mas as virtudes do modelo se espalharam como um imenso rastro de pólvora por toda a Europa Ocidental cujos intelectuais passaram a defender o socialismo como alternativa ao capitalismo. Não por outra razão aplaudiram Cuba, China, Camboja, e mais recentemente, a Venezuela. A influência socialista foi tão forte na Europa que subsiste até hoje. Aqui no Brasil 12 partidos acreditam nos postulados socialistas.

Com a derrocada do “socialismo de resultados” alguns intelectuais foram surpreendidos pelos fatos e anunciaram “a história acabou”. Era mais uma bobagem para registra na biografia destes bocudos.

Como se vê temos de um lado o Liberalismo com suas virtudes e de outro o socialismo com suas inesgotáveis mazelas atentando contra a população. Onde estão a direita, a esquerda, o centro nesta narrativa?

É possível aprofundar um pouco mais o liberalismo e dizer que ele comporta mais ou menos estado (mais estatais, por exemplo neste caso um liberalismo mais à esquerda), mas no socialismo, como fazer isso? O socialismo é o contrário do liberalismo, só comporta ESTADO. E a socialdemocracia? Bem é caso para especialista em esquizofrenia política. Tem um pé no socialismo e querem ter outro no liberalismo, acabam ficando em cima do muro. Vale a pena  ler sobre a Sociedade Fabiana (1884) de onde se originam. Querem implantar um novo sistema de produção (portanto são contra a teoria de preços) pelos caminhos da persuasão. São a favor do socialismo desde que a tomada de poder se dê por meios pacíficos.

O Governo Bolsonaro é de fundo liberal, está quebrando as algemas que vincularam o Estado brasileiro às fronteiras do socialismo, cuja maior evidência é um Estado balofo e centenas de empresas vinculadas.  Está resgatando os valores das famílias, a moral e os bons costumes, e isto não dá direito a ninguém de dizer que exerce um governo de “Extrema Direita”. É mais uma bobagem neste oceano de tolices em que se transformou a “extrema imprensa brasileira”. A maioria de nossos jornalistas são fruto de nossas 200 universidades, e nenhuma delas está entre as melhores do mundo. Alguma coisa está errada, especialmente, com a sua produção.

DILVO VICENTE TIRLONI

PRESIDENTE DO MDV

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