ARRANHA-CÉUS

Na década de 70 foi lançado com muita pompa o Parque Residencial Kobrasol, onde

existia o Aeroclube de Santa Catarina, um empreendimento conjunto de três empresas – Koerich, Brasilpinho e Cassol, imediatamente, transformado em sucesso de vendas.

Foram recepcionados casas e edifícios, estes, limitados a três pavimentos. Em decorrência da enorme demanda, não demorou muito, os limites da verticalização passaram para 15 e hoje são permitidos 20 andares.

Os “puxadinhos” da década de 70 estão sendo demolidos e em seus espaços são construídos enormes arranha-céus, gerando muitas oportunidades de negócios, renda e empregos.

Interessante observar que este processo de revigoração dos imóveis, (gentrificação) ao contrário da opinião de alguns vereadores, ambientalistas de plantão e mesmo moradores, restabeleceu uma melhor qualidade de vida de seus ocupantes, a ponto de ser considerado hoje, um bairro nobre da região, habitado pelas classes A e B. Não se constatam engarrafamentos do trânsito, problemas com saneamento básico, a criminalidade, inexiste. Onde há dinheiro há bom padrão de vida, e o Kobrasol, passou a ser referência de verticalização bem-sucedida. A Prefeitura agradece as enormes somas de tributos, ISS e IPTU que são gerados no bairro garantindo salários adequados aos professores, creches às mães trabalhadoras, apoio aos mais necessitados. São José é hoje um dos municípios mais pujantes do País.

Frente ao Kobrasol, do lado direito da Via Expressa/BR282 a fotografia é outra, o visitante se depara com a Comunidade Chico Mendes, um sub aglomerado urbano, eufemismo para um grande favelão. Ainda que sejam casas, adredemente, construídas pelo poder público na gestão de Ângela Amin (1996 — 2004) e entregues aos seus ocupantes, revelam a miséria humana, os conflitos sociais, ambientes dominados pelo crime organizado. Não basta entregar casas, é preciso gerar oportunidades e emprego.

Ambientes degradados iguais à Favela Chico Mendes, existem às dezenas, já são mais de 60 pontos identificados na cidade. É preciso determinação, criatividade para expulsar estas iniquidades de nossa cidade e a única forma, inteligente, racional e operativa é abrir a cidade à verticalização em todos os 12 distritos da cidade.

Junto com a decisão, a cidade precisa encontrar, igualmente, os recursos necessários a um Plano de Habitação Popular, descentralizado. Nada de juntar milhares de pessoas num mesmo lugar. Isto já se mostrou improdutivo. Guardo convicção que os recursos devem ser gerados pelo próprio segmento habitacional. O projeto contemplaria então, 10 pavimentos em qualquer distrito e acima deste limite, entraria em cena a Outorga Onerosa do Direito de Construir que implica ônus pela aquisição do direito de construir. Ao longo das SC 400/406, entre outros espaços, poderiam ser construídos 30 pavimentos ou mais (a atmosfera não polui).

Esta forma de enxergar a cidade, como o foi o Kobrasol, será criticada por ambientalistas radicais, por ignorantes sinceros, por líderes comunitários convertidos ao socialismo tupiniquim e por políticos oportunistas, notadamente, da esquerda que sempre foram contra os grandes empreendimentos que, com todas as dificuldades, projetaram a cidade no plano nacional e internacional.

Basta ver os esforços do atraso comprometidos com a inviabilidade da Ponta do Coral, ações contra o Costão do Santinho, SOScárdio, Jurere Internacional, os Shoppings, para ficar nos mais vistosos.

Esta visão atrasada e ignorante da cidade só nos pespega mais miséria, mais pobreza, mais desespero social. É preciso que avancemos, precisamos alcançar o andar do desenvolvimento econômico e social.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE

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