AS MALDIÇÕES BRUXÓLICAS DA CIDADE

“O diabo veste Prada, é vermelho, usa a foice e o martelo para devastar o desenvolvimento”

O baile rolava solto no salão de festas do “Condomínio Itaguaçu”, espaço que as bruxas do Franklin Cascaes adoravam. Foram convidadas as autoridades do segmento social, os mitológicos lobisomens, os vampiros, mulas-sem-cabeça além dos personagens indígenas locais como os curupiras, anões fantasmagóricos das florestas, caiporas, assustadores homens do mato, boitatás, cabras com olhos vermelhos e soltando fogo pelas ventas, entre outros. O diabo não havia sido convidado por ter pés de jumento, olhos vermelhos e por liberar cheiro de enxofre detestado pelos convidados. Mas Lúcifer o rei das encrencas achou uma afronta, uma descortesia da coordenação e resolveu agir – adentrou à festa e “frisou” todos os personagens em pedras, as “pedras de Itaguaçu”. Estão lá inertes há muitos anos, fazem parte da paisagem, e satanás continua solto aprontando contra a cidade. Jurou vingar-se da Região e passou a conspirar contra a cidade.

As últimas maldições que o ardiloso capeta aprontou em conluio com algumas forças locais, podem ser catalogadas em 03 marteladas: 

Martelada número 1 – PLANO DIRETOR (PD), segundo o capeta o PD deveria (é) ser predominantemente, hostil ao capital, impedir o desenvolvimento da cidade, arruinar os empregos, a renda, de tal sorte que todos permanecessem pobres, e no limite, remediados. Desta forma assegurar-se-ia a lenta, gradual e firme invasão dos morros, das margens ciliares de nossos rios, das ocupações irregulares de áreas públicas e, sobretudo, manter-se-ia a pobreza como linha mestra do nosso futuro. A este hábito de profanar o meio ambiente, o capeta conseguiu convencer a CELESC e CASAN com o auxílio da Justiça, ora federal ora estadual, a entregar água e luz aos invasores, mesmo que se localizassem em APPs. A cada medida dessas o diabo abria (e abre) champanhe.

Martelada Número 2 – IMPEDIR A RIQUEZA – Para o diabo enriquecer a população é um ato inaceitável, intolerável, “perderia mercado”.  Há várias formas de ficar rico uma delas é o uso (VENDA) do patrimônio das famílias cujos pais e avós, mantiveram seus terrenos como uma reserva de valor, uma espécie de poupança para repassar aos descendentes. A cidade cresceu nos 12 distritos, todos os terrenos foram valorizados, mas o capeta comandou uma cruzada contra estes “desatinos econômicos”. Fez inserir no PD que não se pode construir mais do que dois pavimentos pelos nossos distritos de tal sorte que um imóvel de 1000 m2 que poderia valer 2 milhões continue valendo 200 mil, 10 vezes menos. O diabo ficou satisfeito com estas limitações posto ter condenado por mais anos as famílias dos pescadores a puxarem redes em vez de mudarem de profissão, terem CT assinada, décimo terceiro, esses direitos que atualmente, passam longe das baleeiras que são obrigados a manejar.

Martelada número 3 – CONTRA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, como corolário dos itens anteriores o capeta foi eficiente – com uma só canetada derrubou os empregos, os impostos e a renda por toda a cidade. Floripa tem um exército de desempregados estimados em 7000 almas. São trabalhadores que dependem da construção civil, se esta não avança, os empregos não são criados. Vale registrar que quanto mais verticalizada a cidade maiores são os empreendimentos, consequentemente, mais riqueza. Outra virtude destes projetos é que geram outros tantos menores e sobretudo, muitos impostos. São estes que vão garantir novas creches, escolas, UPAS, e vagas nos hospitais.

Vale registrar que a cada ano novo o capeta vem renovado, com mais projetos, mais ideias mais restrições, EM ANOS ELEITORAIS, MAIS DISPOSIÇÃO. Uma das últimas novidades é rejeitar qualquer projeto como o Parque Aeronáutico de Ratones, Projeto Ponta do Coral, e Transporte Marítimo. O Conselho Superior dos Infernos vem divulgando com boa receptividade junto dos auxiliares locais que estes projetos, bem como o CRESCIMENTO econômico em geral trará enormes prejuízos a cidade especialmente à sua Mobilidade Urbana e Saneamento Básico. Por isso mesmo as populações distritais devem ser avisadas para nas reuniões dos Centros Comunitários, votarem contra qualquer indício que leve ao aumento da riqueza. Segundo o manual do capeta é muito melhor para seu trabalho que todos permaneçam cubanizados, escravos dos seus desejos, dos seus caprichos. Convence a muitos que o socialismo é o melhor sistema social que existe, não deu certo em alguns países pela incapacidade dos homens em implantá-lo, mas basta ver Cuba, Venezuela e Coréia do Norte para enxergar as enormes vantagens destes povos.

DILVO VICENTE TIRLONI

PRESIDENTE DO MDV

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