BOLSONARO E O PSD DO KASSAB

Para fundar um partido político no Brasil, é necessário cumprir certos requisitos formais, incluindo o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a obtenção de um número mínimo de apoiadores. Surpreendentemente, não há exigência para que os fundadores esclareçam a doutrina que o partido irá abraçar, seja ela liberalismo ou socialismo.

O liberalismo, ao operar dentro de estruturas democráticas, abrange uma gama de princípios, desde a defesa da vida até a proteção da propriedade, meios de produção e democracia OFERECENDO AOS FUNDADORES EXCELENTES ARGUMENTOS PARA OS OBJETIVOS PARTIDÁRIOS. Por outro lado, o socialismo, muitas vezes associado ao partido único, busca a submissão de todos aos desígnios do Estado.

Atualmente, o Brasil possui 28 partidos registrados, sendo 16 liberais e 12 socialistas. Essa avaliação é baseada nos Estatutos Sociais ou, quando estes são ambíguos, no comportamento do partido em relação ao governo socialista em vigor. Vale registrar que os socialistas são claros nos seus objetivos pretendem o controle do Estado, da propriedade privada e dos meios de produção.

É importante ressaltar que não são princípios doutrinários que impedem um acordo PL/PSD e sim, interesses de grupos. Bolsonaro argumentou que o PSD votou a favor sobre o apoio na CPMI de 08 de janeiro (o que seria um argumento sólido para distinguir socialistas de liberais), entretanto, os “liberais” incluindo o próprio PL votou, em vários momentos a favor do Governo socialista de Lula.

Nas últimas eleições de 2022, os partidos socialistas conseguiram eleger aproximadamente 140 deputados, enquanto os restantes 373, alegadamente identificados como liberais, foram, majoritariamente, associados ao nome de Bolsonaro. Entretanto, no Parlamento, a realidade é inversa, já que apenas um reduzido grupo resistiu à sedução do que pode ser comparado ao “ovo da serpente”. É notável que Bolsonaro, até onde se sabe, nunca expressou discordância em relação a esses membros dissidentes dentro de sua base.

Em síntese, a política brasileira parece estar subjugada a interesses particulares e grupos dentro dos partidos liberais, enquanto os socialistas no poder têm revelado habilidades questionáveis ao desviar recursos públicos. Diante desse cenário, a população brasileira anseia por líderes como Milei ou Bukerle, capazes de restabelecer a lei e a ordem, e que possuam convicções liberais sólidas, afastando assim o iminente abismo que se avizinha.

Se Bolsonaro pretende ocupar esse espaço, é imperativo que lidere com coragem e discernimento os liberais do Brasil, algo que, até agora, não se concretizou, dado seu comportamento aparentemente hesitante diante dos fatos. Apesar de acumular méritos significativos ao tirar o liberalismo das sombras e posicionar-se manifestamente contra o governo, agora é o momento de defender de maneira firme a doutrina, alertando contra oportunismos no Congresso, o ativismo militante do STF e projetos inaceitáveis do Governo, construindo um caminho sólido para a alternância de poder. Sua popularidade, em grande medida, deriva mais da repulsão que o povo sente por Lula do que de um apoio incondicional ao seu comportamento.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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