CARTA SENHOR GOVERNADOR

Prezado Governador Moisés,

Desejo a Vossa Excelência, neste tempo que falta cumprir o seu mandato, êxito nas missões que lhe foram conferidas. Não é fácil governar um Estado com dezenas de anos de abusos administrativos que se transformaram em dificuldades financeiras.

Vossa Excelência foi bem recepcionado pelas urnas, com 2.644.179 milhões de votos , 71,09% e tem um Orçamento de R$37.455.558.681,90/20 para gerenciar, incluindo todos os poderes, ALESC com R$670.228.433,00, TCSC com R$ 287.092.283.00, TJSC com R$2.329.537.350,00, MPSC com R$873.179.568,00, DEFENSORIA PÚBLICA com R$ 91.573.118,00 resultando um saldo para o Executivo de (37,4 – Poderes) R$33.203.947.929,90. O que surpreende nesta conta são as aplicações em “Despesas de Capital” que são justamente, os investimentos na Infraestrutura, pouco mais de 3 bilhões e o extraordinário déficit da Previdência oficial.

Para dar conta do recado as Receitas são sempre inferiores e a razão desta iniquidade tem origem no Estado balofo que oneram as despesas correntes e no déficit crescente da Previdência Pública. É preciso pôr um freio nisso.

Quando Vossa Excelência assumiu o Governo tomou uma medida excepcional, acho que até agora, o melhor projeto de seu Governo – extinguiu as Secretarias Regionais, espertamente, transformadas em Agências de Desenvolvimento. As economias foram de 500 milhões ao ano, coisa de 2 bilhões ou mais, durante os 04 anos de sua gestão. Agora é preciso avançar, transformar o Estado de SC no primeiro Estado brasileiro a exibir um Organograma Racional, enxuto, com poucas Secretarias e Empresas Públicas. Para tal são necessárias 03 ações de largo esforço político:

1. Reduzir ou eliminar o déficit da previdência pública;

2. Estabelecer para os órgãos públicos estaduais uma revisão organizacional, um plano de redução de despesas correntes de até 20% para os próximos 5 anos; e

3. Um musculoso programa de privatizações com parte destes recursos sendo encaminhados ao IPREV/SC.

Vale observar ao prezado leitor que SC conta com 02 portos – São Francisco e Imbituba, cujos empreendimentos poderiam ser muito maiores do que são atualmente. São Francisco, recentemente foi alvo da Polícia com denúncias de fraudes e superfaturamento de contratos. Segundo algumas fontes, seus depósitos precisam de fortes investimentos que não são feitos pela ausência de aportes de recursos. Enquanto isso a iniciativa privada está pronta para assumir ambos os projetos e dar um salto nos Investimentos com forte geração de renda e empregos.

Em Floripa 2 projetos esperam por privatizações dos serviços – a Rodoviária Rita Maria e a ponte Hercílio Luz, um espaço com enorme foco no campo turístico, quiosques, turismo de observação, rapel, entre outros.

A CASAN poderá render aos cofres públicos 4 a 5 bilhões de reais (com base no que ocorreu em Maceió e CEDAE) e investir outros bilhões no imenso mercado de SC. Hoje é uma empresa com dificuldades financeiras, não faz os investimentos previstos nos contratos (Floripa é vítima da sua insuficiência financeira) gerando passivos ambientais e não cumprindo com seus objetivos sociais. É um projeto do século passado que cumpriu seus objetivos, mas hoje, deveria ceder espaço à iniciativa privada.

A CEASA é outra empresa que está fora do eixo da gestão pública é típica atividade do mercado privado. Sapiens Parque, tudo por lá precisa ser revisto, inclusive o Plano Diretor. Há um elefante branco – o Centro de Eventos LHS à espera da privatização.

De se perguntar, igualmente, o que faz a SCGás na mão do Estado uma empresa cujas atividades no mundo todo são exploradas pela iniciativa privada.

São alguns exemplos de como Vossa Excelência poderia melhorar a gestão, reunir os recursos para um forte programa de Investimentos.

Forte abraço.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE DO MDV

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