DITADURA DA TOGA

As ditaduras como sempre, são impostas pelo fuzil, por homens fortemente armados, de botas. Foi assim recentemente, em Mianmar. O mundo conhece a ditadura da bota, o Brasil conhece a ditadura da toga.

Para entender estas iniquidades precisamos retornar pelo menos até 1964. Neste ano entre a noite de 31/03 e 1º/04, os militares tomaram o poder de João Goulart, diante da balbúrdia política criada pelos socialistas que desejavam implantar um Regime Comunista no Brasil. O grupo era pequeno, porém, operante. Haviam financiamentos externos para esta finalidade. Jango acabara de chegar às pressas de uma viagem à China onde fora receber instruções.  A imensa maioria do povo brasileiro, era contra o comunismo.

Decretada a intervenção militar milhões foram às ruas saudar o novo Regime, a liberdade, a ordem e a disciplina. Evidentemente, o grupo perdedor criou resistência, morreram militantes e militares em escaramuças de parte a parte. Muitos foram banidos do País, outros resolveram operar dentro dos limites do AI5, da lei de Segurança Nacional.

Foram 25 anos em que o Brasil se desenvolveu de forma espantosa, com obras superlativas como Itaipu e as BRs. O modelo “civil-militar” começou a se desfazer com a lei da anistia em 1979. Era uma forma apaziguadora do Brasil pacificar os grupos políticos em ação, embora, muitos sacripantas sempre rejeitaram a anistia, queriam e querem o confronto.

O retorno da normalidade se deu em 1988 com a CF e logo em seguida com a primeira eleição presidencial, dentro das novas regras. Os grupos políticos que haviam sido vencidos em 1964, mais organizados, passaram a vencer as eleições proporcionais e muitas majoritárias, até a chegada ao poder com FHC em 1994 consolidando o modelo em 2002 com Lula, Dirceu&cia. Muitos treinados em Cuba.

Os ministros do STF são todas indicações destes grupos, alguns com fotos junto a Fidel Castro e outros líderes do socialismo internacional. São todos convictos do socialismo, abraçam a doutrina com entusiasmo, ainda que tenha sido provada inviável nos 60 países em que foi testada.

O grupo andava soberbo, Lula transitava pelos corredores do mundo “este é o cara! ”, se apresentavam como inovadores do socialismo moderno, era o Brasil, circunstancialmente, ensinando Ângela Merkel a dirigir o País. Por baixo deste falso modelo de sucesso, escondia-se um ninho de ratos. O Brasil estava sendo saqueado pelos ladrões no poder. Um modesto juiz de Curitiba desvendou o mistério, apresentou não só a planilhas do roubo como quem eram os beneficiários e o chefe da quadrilha.

A Lava jato permitiu que um zeloso capitão do Exército, sozinho, enfrentasse os poderosos no poder e ganhasse as eleições, em 2018. Foi o fim de uma era de 22 anos (1994/2018), os socialistas perderam o poder, e isto está gerando tensões políticas do lado adversário.

Portanto há no Brasil, desde 1964 dois grupos distintos – os socialistas que muitos chamam de esquerda e os liberais que muitos chamam de direita. No momento o campo da esquerda conta com 12 partidos, 14 senadores, 135 deputados federais, centenas de estaduais, alguns Governadores, as redações dos maiores órgãos da imprensa e o STF. Este virou um escritório dos partidos de oposição.

A origem dos conflitos políticos tem base no STF. Cometem as maiores barbaridades jurídicas, libertam doleiros, ladrões do dinheiro público, expedem HC para traficantes de armas, de drogas, se intrometem no Executivo. O povo perplexo ouve que tudo é com base na lei, e que, os poderes devem funcionar independentes e harmônicos entre si. É tudo balela, trata-se de uma infame e insidiosa interpretação jurídica para defender amigos engaiolados.

 Por lá qualquer demanda de partidos socialistas é recepcionada com garantias constitucionais mesmo ferindo de morte a própria constituição. Qualquer portaria, decreto ou projeto de lei é imediatamente fulminado por um representante socialista que busca no STF, um imenso remanso para suas pretensões, a reversão da medida. O Governo parece errar todas as decisões que toma, seja na Segurança, na Educação ou na Saúde.

O conflito do momento é o Deputado Daniel Silveira. Sob o pretexto de que atacou o STF e seus ministros foi preso com base na lei de Segurança Nacional justamente a lei que juram combater. Esta produz seus frutos quando é do interesse do STF e é julgada um “entulho autoritário do tempo da ditadura” quando não lhes interessa. São contradições que a população não tolera.

Dizem que Deus é brasileiro, já é uma esperança.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE DO MDV

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