ECONOMIA 6.0

Tudo está sendo incrível nestes últimos tempos. De 1950 para cá, o Brasil avançou, não tanto quanto o mundo desenvolvido, mas deu passos gigantescos no sentido de se converter de uma sociedade eminentemente rural para uma sociedade industrial e de serviços.

O conhecimento da história nos dá uma dimensão do que vem acontecendo. Segundo os historiadores podemos dividir a linha do tempo nas seguintes etapas:

Pré-história – a idade da pedra/metais criação do homem até 4000 AD

Idade Antiga – 4000 aD até 476 dC

Idade Média – 476 dC até 1453 dC

Idade Moderna – 1453 dC até 1789 dC

Idade Contemporânea- 1789 dC em diante

Até a idade contemporânea o mundo sobrevivia da exploração agrícola, não havia os ESTADOS como os conhecemos, não havia o direito de propriedade exceto o fato de que havia um rei ou imperador, sempre representando uma ou mais etnia, que pela força, havia dominado uma certa região. Havia os duques, os marqueses, os condes, os viscondes e os barões. Era um mundo de formalidades onde predominavam três categorias – a Igreja católica (anglicana), os nobres e povo. Havia uma distância abissal entre um nobre e seus empregados, que aliás eram chamados de lacaios. As duas primeiras categorias não pagavam impostos o povão arcava com até 80% do confisco da produção agrícola. Foi neste ambiente sufocador que teve origem a Revolução Francesa cujas conquistas, estão dentre outras, o direito à propriedade privada, o livre comércio, os direitos individuais e a democracia.

Para entender a economia moderna 6.0 é preciso ter em conta alguns conceitos – o primeiro deles é o MERCANTILISMO (adotado entre 1500/1.789) capitaneado pelas empresas estatais de Portugal, Holanda, Espanha, as principais. É, em relação aos nossos dias um conceito socialista (quem mandava era o Estado/Rei). Todas as terras eram do rei ou seus acólitos, a economia estava baseada na estrutura rural. Chamaria a Economia desta época de 1.0.

Em seguida nomearia o liberalismo econômico e seu pai Adams Smitt. Em plena Revolução Industrial – 1776 – ele publicou um livro que é considerado o marco da Teoria Econômica – “A Riqueza das Nações”, o qual serviu de base teórica para a expansão do CAPITALISMO industrial, expressão até então desconhecida. Era um momento de transição entre um modelo rural explorador e as novas formas industriais nascentes. Foi a Economia 2.0 em ação.

Entre XIX a XX, a economia deu saltos impressionantes, o mundo mudava à velocidade da luz, literalmente, é que além dos motores a explosão e estacionários, foi adicionada nova fonte de energia, a elétrica, que revolucionou todos os costumes domésticos existentes até então. Estas conquistas tinham efeitos colaterais poderosos – criava uma classe média que, aceleradamente, ia preterindo a nobreza e seus conceitos. Os grandes castelos dos duques foram, um a um, leiloados, os lacaios, os mordomos, desapareceram, o mundo respirava novos tempos. Podemos chamar este tempo de Economia 3.0 (Veja a série “Downton Abbey”)

No século XX (1950 em diante) conhecemos novas tecnologias, notadamente, vinda dos computadores. Presumo que os primórdios dos sistemas operacionais até o advento da WWW (internet) seja o que chamaria de Economia 4.0. Criaram até uma lei – Lei de Moore “a eficiência de computadores dobra a cada 18 meses”. Muitos dos que estão lendo este texto, lembram dos computadores 286, 386, 486 e depois, uma nova estrutura, o Pentium.

A Economia 5.0 é recente, tem origem nas magnificas conquistas de Steven Paul Jobs quando colocou na palma da nossa mão o mundo radiofônico, televisivo e todas as demais redes de conexão. Na esteira vieram as fantásticas TV de resolução Full HD, os aplicativos e todo o mundo de streaming que cerca estes maravilhosos aparelhos.

Finalmente, chegamos a economia 6.0 ora em andamento. São os fantásticos “robozinhos” que permeiam boa parte do nosso quotidiano. É a chamada inteligência artificial (IA) algo surpreendente, ainda não muito clara para todos nós. Segundo se informa, todas as tarefas de ordem rotineira, repetitivas, complexas ou não, serão ocupadas por IA.

Vale lembrar os filmes de época (1920 em diante) quando surgiram as novidades – a torradeira elétrica, o secador de cabelo, assadeiras, etc. todos guardavam desconfiança e medo do seu uso e os criados eram orientados a tomar todo o cuidado sob pena de um choque elétrico. De outra forma, mas com os mesmos temores estamos recepcionando a IA lembrando que ela pode ser utilizada para o bem ou para o mal.

RESUMO:

Economia 1.0  Século XVIII –  (Rural e mercantilista)

Economia 2.0 Século XVIII a Século XIX – transição para o capitalismo

Economia 3.0 Século XIX – entrada motor a explosão, estacionário e energia elétrica

Economia 4.0 Século XX –  a partir de 1950 com a entrada dos computadores

Economia 5.0 Século XX – a partir de 1990 (Steve Jobs), celulares, aplicativos

Economia 6.0 Século XXI – Dias atuais, Inteligência Articial (IA)

AD. DILVO VICENTE TIRLONI PRESIDENTE

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