FLORIPA CONSERVADA E CUPULA SOBRE O CLIMA

Começa hoje a Cúpula sobre o clima sob a liderança dos USA. O presidente Bolsonaro vai participar. Vai dizer que para preservar a Amazônia Legal precisamos de recursos internacionais. É preciso pagar um “salário” aos quase 25 milhões que vivem na Floresta para garantir a sobrevivência e ao mesmo tempo preservar. Há uma manifesta má vontade contra o Presidente brasileiro, a começar pelos socialistas e opositores brasileiros.

E Floripa como se encaixe neste quadro. Já se disse que a proteção ambiental não começa nem em Brasilia, nem na Amazônia, começa onde moramos. Floripa protege o seu meio ambiente?

Segundo estudos dos mapas ocupacionais da cidade 60% do seu território está protegido e destes 27,19% são representados pelas Unidades de Conservação. São espaços de rara beleza natural formado por praias, costões, dunas, manguezais, encostas cobertas por exuberantes florestas, rios, cachoeiras, lagoas e lagunas, que ofertam relevantes serviços ecossistêmicos, como a proteção dos mananciais de água.

As Unidade de Conservação (UC) segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC- Lei 9.985/2000) são espaços territoriais de puro meio ambiente, são áreas de preservação são intocáveis para erguer construções. A Cidade ao contrário do que muitos pensam está povoada de UCM – Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri; Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição; Monumento Natural Municipal da Galheta; Parque Natural Municipal da Lagoinha do Leste; Parque Natural Municipal do Maciço da Costeira; Parque Manguezal do Itacorubi; Parque Ponta do Sambaqui; Parque Natural Municipal do Morro da Cruz; Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho, todos sob os cuidados da FLORAM.

Sob os cuidados do IMA – Instituto Meio Ambiente de SC, encontramos: Parque Estadual do Rio Vermelho (PAERVE) localizado na costa leste da Ilha de Santa Catarina. A área do parque é de 1.532 hectares, parte da vegetação natural foi substituída por espécies exóticas como pinus e eucaliptos. Outra Reserva Estadual e que atinge o Sul da Ilha é o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, a maior unidade de conservação do Estado, abrange os municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Fazem parte do Parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul. Trata-se de uma rica flora e fauna da Mata Atlântica. 

Floripa conta também com as seguintes Reservas Federais sob os cuidados da ICMbio: 1. RESEX-Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, localizada na Baia Sul; 2. ESEC – Estação Ecológica de Carijós, localizada na SC401. 3. APA (área de proteção ambiental é o mesmo que reserva ambiental) do Anhatomirim (Gov. Celso Ramos) que objetiva assegurar a proteção da população residente de boto-cinza, a sua área de alimentação e reprodução, bem como de remanescentes da floresta de mata atlântica; 4.REBIOMARINHA-a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo constituída pelas ilhas de Galés, Arvoredo e Deserta e pelo Calhau de São Pedro ao Norte da Ilha. É um berçário marinho, lá nascem e se desenvolvem várias espécies.

Qual o grande problema e que afeta estes espaços? A poluição ambiental com responsabilidades bem claras – de um lado a PMF como poder concedente da exploração dos serviços e de outro a CASAN como operadora do Sistema.

Em 2014 através da lei municipal 9400, a PMF contratou com a CASAN um Contrato de Programa denominado Plano Municipal do Saneamento Básico/PMSB cujas cláusulas foram olimpicamente descumpridas pela Estatal. Deveria aplicar algo próximo de 100 milhões/ano, em 15 anos, passaram-se 7 anos, e os investimentos não passaram de pífios 20 milhões anuais.

Vale ressaltar que alguns destes monumentos ambientais já foram duramente atingidos pela poluição de nossos rios que por sua vez desembocam nos manguezais que cercam a cidade. Uma verdadeira afronta aos bens naturais, lindos, mas sob constantes riscos. Isto tem que ter fim.

É preciso avançar, encontrar os caminhos que nos levem a um meio ambiente saudável, conservado onde as espécies possam se desenvolver com eficiência e segurança e isto depende só da cidade.

ADM. DILVO VICENTE TIRLONI – PRESIDENTE DO MDV

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